Você está aqui: Início Últimas Notícias Comitê pela Prevenção de Homicídios participa de agenda da Campanha da Fraternidade
O deputado Renato Roseno (Psol), relator do Colegiado na Assembleia Legislativa, apresentou a pesquisa sobre os adolescentes assassinados no Ceará e dialogou com as lideranças religiosas sobre ações de prevenção de homicídios no Estado. “É preciso dizer que essas vidas são relevantes”, defendeu.
Apresentando evidências que apontam vulnerabilidades nos territórios mais violentos, o relator do CCPHA detalhou as 12 recomendações do Comitê com foco na prevenção da violência letal. “A exclusão urbana é tão grave quanto a exclusão econômica”, ressaltou.
Pastor presbiteriano e articulador comunitário do CCPHA, Jamieson Simões pediu que as igrejas tenham um papel de mediação dos conflitos nas comunidades e não reforcem o discurso de violência. “Não podemos aceitar nas nossas igrejas o discurso de ódio para dizer que algumas pessoas podem morrer”, salientou.
O coordenador do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Ceará, Rui Aguiar, que integra o grupo gestor do Comitê, explicou a importância de manter os estudantes na escola, alertando que 73% dos adolescentes mortos em Fortaleza haviam abandonado o colégio há pelo menos seis meses. “Também é necessário que tenhamos o sentido de responsabilidade comunitária”, complementou.
O Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência (CRAVV) também foi convidado para a agenda sobre segurança pública. A assistente social Ana Paula Vieira apresentou o trabalho do órgão e detalhou o impacto social da violência no Estado.
No encerramento do encontro, o padre Marco Passerini, coordenador regional da Pastoral Carcerária, pediu engajamento dos líderes religiosos e frequentadores das igrejas em ações concretas relacionadas ao enfrentamento da violência. “A campanha não pode se limitar a poucos meses, ela deve continuar durante todo o ano”, opinou.
Entre os encaminhamentos está a participação do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência em outras atividades promovidas pelas pastorais de Fortaleza. A proposta é sensibilizar a comunidade religiosa na desnaturalização dos homicídios no Estado e construir ações relacionadas à prevenção de violência letal.
Da Redação/Com Assessoria