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Coluna Política  - Êrico Firmo - QR Code Friendly
Sexta, 13 Julho 2012 11:38

Coluna Política - Êrico Firmo

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  Primeiro debate em campanha, como regra geral, é muito estudado e, por isso, meio morno. Até por ser exibido apenas na Internet – e, desse modo, com audiência mais restrita – os candidatos não apresentaram suas principais armas. Se é que já traçaram alguma estratégia mais específica. O programa de ontem, na TV DN, também não tinha formato que propiciasse muitos embates entre os concorrentes. Desse modo, houve raros confrontos diretos e quase nenhum momento contundente. Serviu, sobretudo, para se conhecer os candidatos e perceber como irão se apresentar. No geral, saiu pouco do óbvio. Foi até farto em diagnósticos, repleto de intenções vagas, mas raso no “como fazer”. Um dos melhores momentos foi quando Moroni Torgan (DEM) pontuou que há, salvo exceções, propostas muito parecidas. É verdade. Com o avançar da campanha e os inevitáveis plágios, tendem a se aproximar ainda mais. E, destacou o candidato do DEM, mais importante é saber quem vai mesmo fazer o que promete realizar. O problema é que o próprio Moroni também não oferece, para além da promessa, tal garantia ao eleitor. O QUE OS CANDIDATOS APRESENTAM Algumas diretrizes de candidaturas já eram perceptíveis nesses primeiros dias de campanha e se confirmaram. Inácio Arruda (PCdoB) dá total prioridade ao planejamento urbano. O mote, com a ênfase dada, efetivamente o diferencia. Moroni praticamente não mostrou novidades em relação a campanhas passadas. Tentou fugir do tema segurança, como já fez em 2008, mas acabou voltando ao assunto até para falar de acessibilidade para portadores de deficiência. Além disso, ressaltou a independência, como nas vezes anteriores em que disputou. Está certo ao dizer que mais importante que as propostas é saber quem vai realmente fazer o que promete. Mas é repetitivo em relação ao seu mote quatro anos atrás: “Nós vamos fazer”. Heitor Férrer (PDT) apresentou discurso técnico e acima de ideologias. Tenta dialogar com todos os públicos, mas corre o risco de ficar pasteurizado e com dificuldade de se diferenciar do discurso de todos os demais. Para estabelecer a diferença, enfatiza a independência. O que, todavia, o confunde com Moroni, Renato Roseno (Psol) e Marcos Cals (PSDB). O tucano tenta dar um passo além, com postura mais incisiva de oposição a todos os governos - municipal, estadual e federal. Mas não deixa de se confundir em relação aos demais, em meio a tantos discursos críticos. Roseno até consegue se diferenciar pela ênfase na transformação das práticas políticas. É o discurso mais denso e, talvez, de difícil apreensão para o eleitor médio. Francisco Gonzaga (PSTU) reforçou a imagem de representantes dos trabalhadores. O professor Valdeci Cunha (PRTB) voltou o discurso para a educação. André Ramos tratou de educação, coleta de lixo e, dado o pouco tempo, aproveitou para apresentar ao eleitor seus canais virtuais, onde é possível saber mais sobre ele. Dos eixos centrais da candidatura, pouco se sabia e pouco se ficou sabendo. OS CANDIDATOS OFICIAIS Elmano de Freitas (PT) apostou mais na vinculação com Lula e Dilma Rousseff que com a Prefeitura, embora tenha defendido as ações municipais. É bom de discurso, mas demonstrou menos desenvoltura diante das câmeras que a exibida no palanque e nos atos de rua. Mas o resultado acabou sendo um alívio para seu comando de campanha. Ele, afinal, era o único estreante em campanha entre os candidatos com alguma chance de vitória. Nesse sentido, a cúpula petista comemorou que o debate tenha ocorrido na Internet, com exposição menor que na televisão. Roberto Cláudio (PSB) estava à vontade no vídeo. Mencionou o apoio do governador Cid Gomes (PSB) e até da petista Dilma. Focou a saúde, mas tentou apresentar-se plural. Dessa forma, não deixou marca bem definida. Nada de anormal para o primeiro debate. EXPERIÊNCIA CONTA Conteúdo à parte, a experiência faz a diferença. Macacos velhos de muitas campanhas majoritárias, Inácio, Moroni e mesmo Roseno destoam dos demais. E, talvez pela experiência de TV Assembleia, Roberto Cláudio foi boa novidade. Elmano não foi mal. Com o banho de media training que receberá, a óbvia tendência é que evolua. Aliás, ele e todos os outros. PUBLICAÇÕES E O PERÍODO ELEITORAL Sobre nota da coluna de ontem, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Fortaleza esclarece que as publicações lançadas da semana passada para cá já estavam prontas há mais tempo. Portanto, não saíram propriamente no período eleitoral. Nem discuto o aspecto formal, legal. Questiono a conveniência de os lançamentos oficiais se darem agora. Dá margem à dúvida e o questionamento. Seria melhor evitar.
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