A parlamentar falou sobre a importância de prestar homenagem ao CCDM e lembrou que a Casa também festejou os 30 anos da entidade, em 2016. “Este ano, a solenidade tem um significado diferente, devido ao grande retrocesso que estamos vivendo em relação à violência contra a mulher, de todos os tipos, mas principalmente pela retirada dos direitos da Previdência. Estamos comemorando, mas sabendo que a luta continua”, ressaltou.

O deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou de mulheres que marcaram a história por sua luta, como Joana D’Arc e Simone de Beauvoir, na França; Bárbara de Alencar, no Ceará, e, no Brasil, a farmacêutica Maria da Penha e a companheira de Zumbi de Palmares, Dandara.

Para o deputado, o Brasil vive um “momento de escuridão”, porque as mulheres ganham menos, são discriminadas e a legislação não as favorece. “A mulher nos levou a ter uma humanidade um pouco melhor, diante de tanto ódio, misoginia, racismo e intolerância. A presença da mulher influencia nossas vidas e é cada vez mais necessária”, defendeu Carlos Felipe.

Já o deputado federal Chico Lopes (PCdoB/CE) citou a luta dele pelos direitos das mulheres e ressaltou a necessidade de uma “sociedade diferente, em que a mulher seja tratada com respeito e sem preconceito”.  

A presidente do CCDM, Camila Silveira, falou sobre a relevância de ser gestora do Conselho e de divulgar à sociedade as demandas das mulheres. “Vamos manter a chama do Conselho viva. Vamos continuar lutando e fazendo com que tenha voz”, defendeu.

Camila Silveira enfatizou ainda que o CCDM obteve muitas conquistas ao longo de seus 31 anos de história, como o funcionamento 24 horas da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza. Emocionada, ela agradeceu às homenageadas, que militam em defesa dos direitos das mulheres. “São exemplo que temos todos os dias, que nos fazem lutar e acreditar, sem um minuto de desânimo, cansaço, silêncio”, afirmou.

Representando os conselheiros municipais de saúde e o segmento de usuários dos municípios de pequeno porte do Estado, Terezinha Ricardo dos Santos Lima encorajou as mulheres a lutarem para se manterem nos espaços de poder e decisão. “Temos que ocupar o nosso espaço. É importante que todas tenhamos coragem de enfrentar a política suja que está aí. Sabemos que somos a maioria, mas somos totalmente discriminadas”, avaliou.

Foram agraciados com placas de homenagem o deputado federal Chico Lopes; a Marcha Mundial de Mulheres (MMM); a Marcha das Margaridas; a União Brasileira de Mulheres (UBM); o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher do Crato (CMDMC); a Polícia Civil do Estado do Ceará; a professora e militante de manifestações populares Maria Gomes Guedes; a escritora e ativista feminista Nilze Costa e Silva e Terezinha Ricardo.

Também participaram da solenidade o delegado geral da Polícia Civil do Ceará, Everardo Lima da Silva; a delegada titular de Defesa da Mulher de Fortaleza, Érika Moura; a secretária executiva do CMDMC, Verônica Isidório; a representante da UBM, Francileuda Soares; a representante da MMM, Maria Assunção dos Santos Lobo, e a representante da Marcha das Margaridas, Elisângela Ferreira.

LF/GS