O plenário da Assembleia Legislativa aprovou, ontem, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC), que inclui os cargos de delegado de Polícia, inclusive para fins de limites remuneratórios, nas carreiras jurídicas do Estado. A proposta foi aprovada por unanimidade, com 36 votos.
A PEC é oriunda da mensagem do Poder Executivo. Segundo a justificativa do texto, essa é uma antiga reivindicação da categoria e já foi adotada em outros estados, como Santa Catarina, São Paulo, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Paraná, Amazonas e Tocantins.
Além disso, o projeto ressalta a importância dos delegados na investigação criminal, com reflexos na redução da criminalidade. A votação dos demais projetos presentes na pauta continua em Plenário.
Após a aprovação, o deputado Ferreira Aragão (PDT) enalteceu a iniciativa que beneficia os delegados. Para o parlamentar, as boas ações precisam ser mostradas para que a população volte a acreditar na política. Conforme o deputado, a classe política é vista com desconfiança pela grande maioria da população brasileira. “É preciso dar notícias boas. Chegar até a ponta (eleitor) para que a pessoa não caia em desencanto ao dizer que na política não tem nada que preste, só tem ladrão. Temos que tirar isso”, afirmou.
Na semana passada, o plenário aprovou a inclusão dos delegados da Polícia Civil como integrantes das carreiras jurídicas do Estado, inclusive para limites remuneratórios. Também o teto remuneratório único aos servidores públicos de todos os poderes – incluindo ainda o Ministério Público e a Defensoria Pública. Além de elogiar a postura dos parlamentares frente às reivindicações das categorias, o parlamentar destacou o compromisso do governador Camilo Santana.
Ferreira Aragão defendeu que é preciso melhorar a qualidade do voto. “A partir do momento que você se conscientiza, acompanha a TV Assembleia, escuta a rádio FM Assembleia, a imprensa, é que você vai começando a formar um juízo de valor do que funciona e não funciona na política. O que é bom e o que é errado”, observou.