Você está aqui: Início Últimas Notícias Parlamentares apontam desafios da mulher na sociedade contemporânea
A deputada Bethrose (PMB) aponta a inserção da mulher no mundo político como um dos grandes desafios na atualidade. “Precisamos garantir cada vez mais mulheres na vida pública. É preciso incentivar a sua participação nas disputas políticas e uma representação no Parlamento e no Executivo cada vez maior do público feminino, até como forma de pautarmos questões hoje fundamentais para a sociedade, como políticas públicas para crianças e adolescentes, idosos e para as próprias mulheres, colaborando assim na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, enfatiza.
Para ela, a mulher tem um olhar mais sensível para questões relacionadas à qualidade de vida de crianças, adolescentes e idosos. “Os homens que me desculpem, mas temos sensibilidade maior para debater questões relacionadas a esses segmentos portadores de direitos, mas que ainda são tão carentes de políticas públicas que garantam a realização desses direitos”, ressalta.
Já a deputada Fernanda Pessoa (PR) aponta “o empoderamento no mercado de trabalho” como um dos principais desafios da mulher moderna. “Um dos objetivos determinados pela ONU Mulheres é a inserção da mulher no mercado. Estaremos inclusive nos mobilizando através de encontros, debates e na aplicação efetiva de políticas públicas para esse objetivo”, afirma.
Segundo a parlamentar, outro problema ainda enfrentado pelo segmento feminino é a violência de gênero. “Os mecanismos de proteção à mulher são importantes e contribuem na garantia do respeito e da cidadania, mas estão longe de serem perfeitos. A Lei Maria da Penha encoraja as mulheres a denunciarem a agressão, por exemplo, mas ainda vivemos em uma sociedade machista, que impede o crescimento pleno das mulheres no trabalho”, diz.
Tanto a parlamentar como a deputada Dra. Silvana (PMDB) criticam a reforma da previdência em tramitação na Câmara Federal, por igualar o tempo de aposentadoria dos homens e mulheres. “É grave. Querem acabar com anos de conquistas trabalhistas das mulheres. Nós, mulheres, temos funções redobradas, triplicadas. Não é justo que precisemos nos aposentar tardiamente”, argumenta.
Para a deputada Dra. Silvana, homens e mulheres são diferentes biologicamente, portanto a mulher deve ser tratada como um vaso mais frágil. “É um absurdo querer igualar o tempo de aposentadoria do homem e da mulher, por exemplo. A mulher tem muitos afazeres em casa, com os filhos. As exigências femininas no seio familiar são maiores. Não existe essa igualdade de gênero. A mulher precisa ser resguardada”, observa.
Dra. Silvana também enfatiza a importância da participação da mulher na política. “A mulher precisa desbravar, lutar e querer ocupar os lugares na sociedade, não através de cotas, mas com a força de vontade de fazer a diferença”, observou. Ela lamenta ainda a violência contra a mulher. “Os mecanismos para evitar a violência ajudam, como a Lei Maria da Penha, mas não são suficientes. Precisamos educar desde pequenos a sociedade, mostrar o valor da família e ensinar a importância da moral, dos valores e respeito pelo outro”, assinala.
GM/CG