Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas acreditam que chuvas não serão suficientes em 2017
O deputado Ely Aguiar (PSDC) disse que qualquer previsão é mera especulação, pois, segundo ele, a reação da natureza é imprevisível. “Todavia, pelo comportamento do tempo, mais uma vez as chuvas não serão suficientes para abastecer os grandes reservatórios e o governo precisa ampliam a campanha de preservação e racionamento de água pois o futuro é muito incerto”, avaliou.
As expectativas também não são muito boas para o deputado Elmano Freitas (PT). “A perspectiva para o volume de chuvas em nossa região é dentro da média dos últimos anos, fato este que reforça a necessidade de ações tanto emergenciais quanto de médio e longo prazo, como vem sendo feito pelo Governo do Estado”, reforçou o petista. Ele destacou que, com a paralisação da Transposição do São Francisco pelo presidente Michel Temer, “aumenta o estado de alerta, pois é uma obra imprescindível para levar água ao nosso povo que mais sofre no interior do Estado”.
Com base no prognóstico apresentado pela Funceme, o deputado Moisés Braz (PT) afirma que o cenário é preocupante. “Temos percentuais de chuvas acima, abaixo e na média muito próximos uns dos outros em termos gerais. Nas regiões Norte e Sertão de Canindé poderemos ter chuvas na média ou acima, mas nas regiões das grandes bacias, como a do Vale do Jaguaribe onde se localiza o Castanhão, a projeção é abaixo das expectativas, o que não garante a recarga de água desejada”, observou. O parlamentar pondera que é preciso ficar alerta “para que as políticas e as obras de suporte à população e às cidades mais afetadas possam ser executadas a contento e com o compromisso necessário dos poderes públicos na sua garantia.”
O supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz, disse que apesar da maior probabilidade (40%) apontada pela Funceme, no último dia 18, para os totais acumulados de chuva no trimestre fevereiro, março e abril ficarem em torno da média estadual, também apareceu uma probabilidade alta (30%) de as chuvas ficarem abaixo da média histórica.
“O cenário inspira cuidados, devendo haver continuidade nas ações de segurança hídrica, principalmente porque há uma preocupação em relação ao aporte de água dos reservatórios mais estratégicos do Estado, podendo não haver escoamentos significativos ou ideais para o Castanhão, Orós ou alguns outros”, pontou.
Conforme o meteorologista, como este ano há uma grande dependência das condições termodinâmicas do oceano Atlântico tropical, que não está apresentando o melhor padrão possível para chuvas acima da média e sua variabilidade é relativamente rápida - podendo progredir para uma condição menos favorável , o volume de chuvas poderá não ser suficiente para reverter, em geral, o quadro difícil de acumulação hídrica.
O segundo prognóstico do órgão para o trimestre março, abril e maio, a ser lançado em fevereiro, poderá, de acordo com ele, demonstrar com mais clareza a tendência da qualidade da estação chuvosa deste ano.
LS/AP