As atividades da campanha iniciam a partir do dia 5 de outubro. Nesse dia, haverá um passeio com cerca de 600 ciclistas em prol da causa. Já o encerramento está previsto para o dia 23 de outubro, com uma grande caminhada na avenida Beira Mar, a partir das 7h. O evento ocorre em todo o País e as vendas do kit para a caminhada começam no início de mês.
Uma das fundadoras da Rede Cearense de Combate ao Câncer de Mama (Rede Mama), Clébia Bezerra, comemorou o início da campanha, afirmando que a iniciativa desperta o interesse no autocuidado. “Nós temos a estimativa de que 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados precocemente têm chances de cura. Então a gente reforça, no Outubro Rosa, para que as mulheres fiquem mais atentas e para que o número de casos diminua”, ressaltou.
Ainda conforme Clébia Bezerra, está prevista uma audiência pública na AL, ainda sem data definida, para discutir as leis existentes de proteção à mulher mastectomizada. “Em muitos casos, a gente sabe que a mulher precisa recorrer à lei para conseguir um tratamento, remédios, cirurgia”, explicou. Este ano, a campanha traz como tema a hashtag “#acessojá”.
Além de estimular a campanha, a Rede Mama realiza assistência às mulheres mastectomizadas, encaminhando a postos de saúde ou médicos mastologistas. São 22 associações filiadas à instituição, cada uma com programação própria durante o mês da campanha.
Segundo o médico mastologista Luiz Porto, nos países desenvolvidos, cada vez se morre menos de câncer de mama. Já no Brasil a realidade é oposta. “O Outubro Rosa surgiu nos Estados Unidos em 1990, quando uma pesquisa americana mostrou que lá mulheres mais jovens estavam morrendo menos de câncer de mama. Então, os americanos viram que a saída para o controle da doença era universalizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade”, destacou.
Ainda conforme o especialista, embora os mamógrafos disponíveis sejam suficientes, está faltando consciência para a importância da mamografia, além de maior atenção nas unidades básicas de saúde. “É preciso educar as mulheres, os profissionais de saúde e as assistentes sociais nas unidades básicas de saúde para acolherem melhor as mulheres”, defendeu.
CF/GS