Já o secretário de Recursos Hídricos do Estado (SRH), Francisco Teixeira, em resposta aos questionamentos dos deputados Renato Roseno (Psol), Roberto Mesquita (PSD) e Evandro Leitão (PDT) sobre se haverá ou não racionamento,  acrescentou que vai depender das ações que estão sendo realizadas. No momento, de acordo com ele, Boa Viagem é o município em situação mais crítica.

Francisco Teixeira  esclareceu que, em relação a Fortaleza, desde janeiro de 2015 está sendo feito o monitoramento do abastecimento. "No começo do ano passado, a SRH apresentou um plano à Cagece de trabalhar com 10% a menos de água do que em 2014, e o plano foi cumprido. Este ano, a expectativa é trabalhar com mais 10% a menos. Está sendo feito um estudo para Fortaleza viver com esse novo percentual", informou.   

Com relação aos investimentos em adutoras, o secretário afirmou que mais 200 quilômetros devem ser implantados até agosto. Com isso, em dois anos de Governo, já serão 400 quilômetros de adutoras, um investimento total de cerca de R$ 60 milhões.

Já sobre o processo de microaspersão e gotejamento, praticado há anos por Israel, segundo o secretário, é um grande desafio para o Governo. "Nosso sonho é melhorar a eficiência na condução de água, através de adutoras, como é feito em Israel", observou.

Em relação ao açude Castanhão ter uma ajuda da água do Orós, como assinalou o deputado Antônio Granja (PDT), o secretário Francisco Teixeira informou que estão sendo realizadas reuniões, mas que ele acredita que entre agosto e setembro isso deve acontecer. 

No que se refere à interligação do Banabuiú com Pedra Branca, como sugeriu a deputada Rachel Marques (PT), o secretário observou que está sendo discutido um grande projeto de adutora para a região. "É melhor levar água direto do açude em adutora para a cidade, para não perder com a evaporação", destacou.

O secretário de Recursos Hídricos reforçou ainda a necessidade de incrementar a instalação de poços profundos no Estado. Entretanto,  alertou que é importante não só construir novos poços, mas colocar em funcionamento os que já foram construídos. "Por isso, é preciso investir na instalação de painéis, para viabilizar o funcionamento desses equipamentos."   

Francisco Teixeira reconheceu ainda a importância do projeto do Vale do Curu, que hoje está em colapso, devido ao sistema de irrigação utilizado, e foi penalizado por conta da escassez de água, mas que deve ser revitalizado. O titular da SRH informou também que vai trabalhar junto ao Governo Federal e ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para resolver o problema da falta de água no baixo Acaraú.

WR/AP