A diversidade do público enriqueceu os trabalhos em grupo. Participaram pais e mães, estudantes, professores, diretores escolares, líderes religiosos, movimentos sociais organizados - muitos deles protagonizados por jovens, grêmios estudantis, gestores de diferentes secretarias do municípios, além de políticos da região.

O reconhecimento da realidade violenta do município foi o ponto de partida para as sugestões apontadas pelos participantes, muitas delas voltadas para o fortalecimento de projetos no âmbito escolar como forma de evitar a evasão e oferecer uma outra oportunidade a esses meninos e meninos que têm as vidas cruzadas pela morte precoce, violenta e plenamente evitável.

Outro tema que concentrou grande número de propostas foi a cultura e lazer, com ênfase para criação de espaços onde o adolescente possa se encontrar, interagir, desenvolver seu potencial e ter acesso a diferentes formas artísticas.

Em Caucaia, a taxa de mortalidade na faixa etária de 10 a 19 anos é de 67,04 para cada 100 mil adolescentes nessa idade. Alta, se considerarmos que uma taxa acima de 10 homicídios para cada 100 mil já é considerada uma situação de epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A próxima audiência será dia 17 de maio, em Sobral. Ao todo, serão realizadas 13 audiências, além de dois seminários.

O Comitê é uma iniciativa da Assembleia Legislativa do Ceará, em parceria com o Governo do Estado do Ceará e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O objetivo é compreender o fenômeno da violência entre os jovens – com foco na faixa etária de 10 a 19 anos – para elaborar propostas de políticas públicas que apontem para a prevenção e a redução de homicídios cometidos por adolescentes e contra adolescentes no Ceará. O Comitê tem como presidente o deputado estadual Ivo Gomes (PDT) e, como relator, o deputado Renato Roseno (Psol).

Da Redação/ com Assessoria