Você está aqui: Início Últimas Notícias Autoridades e parlamentares reforçam necessidade de campanhas de combate ao Zika vírus
O deputado esclareceu que o debate é fundamental, tendo em vista o crescente número de casos da doença e de registros de bebês com microcefalia, como possível conseqüência do Zika vírus. Para Carlos Felipe, as ações devem ser urgentes, já que ainda não se sabe quando será descoberta e oferecida uma vacina para a população.
A deputada Laís Nunes (PMB) afirmou que as campanhas de prevenção têm que ser permanentes, além de ser necessário um esforço para levar informações também para as mulheres grávidas e as mães de crianças como microcefalia.
O presidente da Comissão Conjunta de Constituição e Saúde da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Iraguassú Teixeira (PDT), cobrou que os meios de comunicação reforcem mais informações de combate ao mosquito, incluindo os veículos da Câmara Municipal e da Assembleia Legislativa. O parlamentar também destacou que alguns estados já punem com multa aqueles que jogam lixo nas ruas e que é importante garantir que as pessoas que fazem isso sejam punidas também no Ceará.
Para o infectologista pediatra do Hospital São José, Dr. Robério Leite, as ações de combate feitas hoje são semelhantes as que eram usadas no início do século passado. O médico destacou que é necessário encarar o problema como uma tragédia na saúde pública e que não bastam soluções técnicas, mas também é preciso uma mudança radical no hábito da população e no cuidado com o meio ambiente.
O superintendente da Fundação Nacional de Saúde, Leonildo Farias, explicou que o mosquito da dengue, que transmite o Zika vírus, é selvagem, mas se adaptou muito bem ao meio urbano. Ainda segundo ele, sem um maior envolvimento de ações educativas será muito difícil diminuir os casos de doenças transmitidas pelo mosquito.
A representante da Fiocruz, Aline Gurgel, ressaltou que mesmo que a população faça um enorme esforço para combater o mosquito é fundamental colocar em prática políticas de saneamento básico e ambiental. “A população precisa assumir papel ativo, mas sem o desenvolvimento de políticas públicas comprometidas, não daremos conta de resolver o problema”, acrescentou. De acordo a pesquisadora, é necessário ainda repensar o controle químico do mosquito, pois há riscos do veneno causar problemas de saúde para a população.
Também estiveram presentes à audiência pública o deputado Carlos Matos (PSDB); o representante do Conselho Regional de Medicina, Érico Arruda; do serviço de gestão e administração do Ministério da Saúde, Joana Ferreira; e da promotoria de defesa da saúde pública, Tadeu Uchôa.
JM/AP