Um fenômeno e um desafio
O lançamento, ontem, no plenário da AL, do Comitê Cearense de Prevenção dos Homicídios na Adolescência, pode ter sido um dos eventos mais importantes da recente História daquela casa, tendo em vista não só a grandiosidade dos problemas a serem encarados, como também os resultados positivos dele esperados, que poderão se constituir numa vitória extraordinária para a sociedade cearense. Para o deputado José Albuquerque, presidente do Legislativo, todo o empenho dos que conduzirão o CCPHA, será no sentido de ir a fundo, no sentido de identificar as causas desses fenômeno ainda não traduzido, dos homicídios que atingem, principalmente, jovens de 10 a 19 anos. O cerne desse trabalho monumental será estudar as origens dessa criminalidade e não o de reforçar cada vez mais a repressão policial contra esses jovens. O deputado Ivo Gomes (Pros), presidente do comitê, adiantou o envolvimento de todos os setores da sociedade capazes de contribuírem com um grande trabalho de pesquisa e de observação, o que inclui SSPDS, Sejus, MPE, Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas, UFC, Uece, UVA, Urca, e demais instituições superiores. Os dois pontos fulcrais do trabalho dos membros daquele comitê serão a aplicação de um vasto questionário, com dezenas de questões, destinado a tentar identificar as raízes dos crimes de adolescentes e de jovens. Para analisar e debater os resultados dessa pesquisa, ocorrerão 11 audiências públicas no Estado, sendo três delas em Fortaleza e as demais em Crato, Juazeiro do Norte, Maranguape, Maracanaú, Caucaia e Sobral. Formam ainda o CCPHA os deputado Zé Ailton (PP) e Bethrose (PMDB).