Você está aqui: Início Últimas Notícias Unimed falta a audiência que discutiu na AL descaso na emergência pediátrica
O deputado Fernando Hugo (PSDB), que presidiu o debate, leu um comunicado enviado pela empresa, assinado por Francisco Pinheiro Dantas, explicando que os diretores estariam no Paraná, cumprindo compromissos previamente agendados. “Esta é bem a terceira ou quarta audiência em que a Unimed é citada e ela não se faz presente”, condenou o promotor do Decon, Antônio Carlos. Ele se disse “decepcionado” com o plano de saúde. No ofício lido por Fernando Hugo, a Unimed alega ser o grande número de casos de dengue e de virose responsável pelo aumento da demanda na unidade pediátrica. Ainda de acordo com o documento, a cooperativa garante ter ampliado a quantidade de plantonistas, além de ter criado uma equipe específica para o atendimento dos casos de dengue.
A promotora de defesa da saúde do Ministério Público do Ceará, Isabel Porto, informou sobre a realização de uma reunião, ontem, da qual ela participou, quando foi estabelecido prazo de 10 dias para que a Unimed se pronuncie com relação à denúncia de redução de escalas no Centro Cirúrgico e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Ela não descartou a possibilidade de acionar o Ministério da Saúde para que seja feita uma fiscalização.
O vereador Luciram Girão (PSL), representando a Câmara Municipal de Fortaleza, ressaltou que a crise na saúde no Brasil abrange agora não só a rede pública, mas a particular também. “Essa crise envolve não só a Unimed, mas todos os planos de saúde”, disse. “Levei meu filho ontem para um hospital particular e tinha mais fila do que no HGF (Hospital Geral de Fortaleza)”, comentou.
Ricardo Madeiro, da Comissão de Saúde da (OAB-CE), também criticou a ausência de representantes da Unimed. Ele reforçou que a situação da saúde suplementar é muito parecida com a da saúde pública. Isso se deve, segundo ele, ao aumento na carteira dos planos de saúde. “De 2001 a 2011, o número de usuários aumentou de 31 milhões para 45 milhões no País”, informou. Ele disse ainda que os planos de saúde deveriam ter se preparado para atender essa clientela.
De acordo com Marcilene Batista do Vale, chefe de saúde suplementar da Agência Nacional de Saúde (ANS), as queixas com relação ao atendimento envolvem todos os planos de saúde. Ela disse que os mesmos estão sendo monitorados a cada três meses e levantou a possibilidade de instaurar processos administrativos contra os prestadores de serviços que não estejam funcionando corretamente.
CP/LF