Você está aqui: Início Últimas Notícias Welington Landim critica falta de investimento no setor de saúde
Segundo o parlamentar, levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que não faltam médicos no País, mas a proporção de leitos é baixa se comparada à de outros países. “Além disso, o Brasil é uma das 30 nações onde a população paga do seu próprio bolso mais de 50% dos gastos com saúde”, disse.
Welington Landim afirmou ainda que, de acordo com a OMS, as autoridades brasileiras incrementaram o orçamento destinado aos serviços de saúde nas últimas décadas, porém, não foi suficiente para que o País atingisse a média mundial. “A diferença entre o montante de recursos investidos em saúde pelo Brasil e pelos países ricos ainda é grande”, reforçou.
Em 2000, apontou Welington, o governo brasileiro destinava 4,1% de seu orçamento para a saúde e, dez anos depois, a taxa subiu para 5,9%. “No entanto, a média mundial é de 14,3% - a taxa brasileira chega a ser inferior à média africana. Do total que se gasta no País com saúde, 56% sai do bolso dos cidadãos, e não das esferas governamentais. Apenas 30 dos 193 países analisados pela OMS enfrentam essa situação”, comentou.
Ele disse ainda que o atendimento primário no Brasil deixa muito a desejar e há um desestímulo dos médicos para atuar no Interior. O Ceará, segundo Wlelington Landim, precisa de R$ 250 milhões para o setor de saúde. “O Ministério já fez repasse de R$ 60 milhões, se não me engano. Mas precisamos chegar até R$ 100 milhões até o final do ano. E, no ano que vem, pelo menos, a R$ 150 milhões”, informou o socialista.
Em aparte a deputada Mirian Sobreira (PSB), ressaltou o fato dos investimentos do SUS serem gastos no tratamento de doenças e não na saúde. Ela lembrou que cuidar do setor primário implicaria em economia lá na ponta, pois a prevenção evitaria a superlotação das unidades de saúde.
Welington Landim terminou o pronunciamento afirmando que o ministro da Saúde sozinho não decide. “É preciso que o Congresso Nacional apoie; é preciso que a presidente apoie; e é preciso pressão dos prefeitos. Caso contrário, vamos ver muitos hospitais fechando Brasil afora”, disse.
MM/CP