Segundo Eliane, o artigo ressalta os eventos que vem acontecendo em todo o Brasil, no intuito de mobilizar a sociedade na busca da verdade, pois já fazem cerca de seis meses desde a sanção presidencial e até agora os membros da Comissão ainda não foram indicados. “Comitês funcionam em quase todas as capitais brasileiras e comissões com o objetivo de colaborar com a comissão nacional, fornecendo dados de cada local”, completou a parlamentar.

Como exemplo dos crimes cometidos durante a ditadura militar que serão investigados pela Comissão, a deputada citou o caso do sequestro do engenheiro civil e deputado federal petebista Rubens Paiva, que foi morto sob tortura e seu corpo jamais foi encontrado. Na época, Rubens foi levado para a 3° Zona Aérea do Rio de Janeiro, comandada pelo brigadeiro João Paulo Burnier, que também acusado de matar o estudante Stuart Angel Jones.

 No artigo lido pela deputada, Messias afirma: “O corpo de Rubens Paiva até hoje não apareceu, os corpos de mais de 150 patriotas covardemente assassinados sob tortura pelos militares também ainda não apareceram. Mas a verdade vai aparecer”.

Eliane destacou também o lançamento do livro “Memórias de uma guerra suja” dos jornalistas Marcelo Neto e Rogério Medeiros, citado no artigo, onde o ex-delegado do Departamento de Ordem Política Social, Cláudio Guerra, declara ter participado da tortura e assassinato de mais de 100 militares políticos, inclusive da incineração de pelo menos dez deles.

“Ações como esta reforçam a necessidade da instalação da Comissão da Verdade, pois as famílias das vítimas merecem saber o que aconteceu de fato.”, finalizou.
LA/JU