A ideia foi defendida pela diretora de Articulação e Integração de Políticas Públicas (Diart) do Instituto de Planejamento do Município (Iplanfor), Luiza Perdigão. Segundo ela, poderá ser realizado um estudo da evolução urbana do lugar, mapeando sua forma de ocupação e seu patrimônio edificado, bem como as relações que os imóveis, logradouros e atividades ali desenvolvidas estabelecem entre si.

“A Praia de Iracema e o Centro Dragão do Mar são um pedacinho de Fortaleza. Por isso, temos que pensar em alternativas para preservar esse espaço”, defendeu Luiza Perdigão.

O deputado Renato Roseno (Psol), requerente da audiência, explicou que a dinâmica e fluxo do espaço, tanto do ponto de vista cultural e como da regulação do espaço urbano, devem se aproximar, para que a política de cultura se desenvolva.

“É importante que os equipamentos do entorno do Dragão se relacionem com as políticas culturais do Estado, para que os artistas não precisem sobreviver à margem de um equipamento central de suma importância para a política cultural do Estado”, avaliou.

Para o presidente do Instituto Dragão do Mar, Paulo Linhares, é preciso aumentar o diálogo entre o Centro Dragão do Mar e o entorno. Ele comentou que o espaço precisa passar por reformas.  “Já colocamos a reforma do Dragão no PAC III. Agora, o Estado tem que ter uma presença mais efetiva diante de algumas situações que cercam o local, entre elas a feira livre. É inadmissível aquela ação em pleno centro histórico”, criticou. Entretanto, Paulo Linhares lembrou que a atual gestão municipal tem feito esforços para resolver o problema.

O diretor do Teatro da Praia, Carri Costa, lembrou que a companhia da qual participa chegou ao local antes da construção do Centro Dragão do Mar. Ele afirmou que não imaginava que o local viesse a ter um valor especulativo tão grande.

O assessor de planejamento da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), Inácio Carvalho; a diretora do Teatro das Marias, Valéria Pinheiro; o presidente Associação Dragões do Mar, Célio Moreira de Paiva; a diretora de Programação Social do SESC, Gorett Nogueira; a gerente da célula de Construção da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Regina Costa e Silva; a representante do Poço da Draga, Izabel Lima; o vereador de Fortaleza João Alfredo (Psol), além de artistas e pessoas ligadas ao tema compareceram ao debate.
DF/GS