Você está aqui: Início Últimas Notícias Cid destaca a Assembleia como espaço democrático para o Pacto
Conforme destacou em seu pronunciamento, tudo que foi construído nos 400 anos no Ceará será superado nos próximos 20 anos com o Complexo do Pecém. “E espero que não se repita erros do passado”, disse. Ele observou que todas as grandes cidades têm relação direta com um porto. “A nossa principal pauta de exportação acontece pela via dos portos. As grandes cidades históricas do Ceará também têm essa relação, inclusive Fortaleza, com o Mucuripe, que ficou pequeno para as nossas necessidades”, acentuou.
Cid comentou que a siderúrgica e refinaria foram os principais empreendimentos imaginados para o Pecém. “Em 2002 o porto ficou pronto, e começou a desenvolver a exportação de fruticultura, e o Ceará é o principal exportador destes produtos do País”, disse. Além disso, revelou que Pecém se configura em um espaço importador de produtos siderúrgicos, estando entre os dois primeiros portos importadores do litoral brasileiro.
O governador lembrou que até 2007, o porto era deficitário. O que ele arrecadava era insuficiente para pagar a folha de pagamento. A partir daquele ano, passou a ser superavitário, fazendo inclusive investimentos com recursos próprios. O faturamento de 2012 aumentou em 50%, se comparados com os três primeiros meses do ano passado, conforme explicou Cid Gomes .
O secretário Executivo do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa, Eudoro Santana, destacou que está se instaurando um pacto de instituições e não de pessoas. “Surgiu da necessidade de ampliar o debate de como se potencializar o desenvolvimento sustentável, em suas diversas dimensões”, salientou.
Eudoro Santana lembrou que antes da instalação do Pacto foram realizados um seminário e reuniões com empresários instalados no Pecém, movimentos sociais organizados, Federação do Comércio e áreas de serviço do Ceará. “Foi uma sensibilização para a participação de todos os atores”, explicou.
De acordo com Eudoro, nenhuma área do Ceará foi tão estudada como o Pecém por conta dos impactos que o complexo causará nas esferas econômica, social, política e ambiental. “Foi constituído um banco de dados e realizadas visitas a outros empreendimentos. Queremos que o complexo seja exemplo em todas as áreas”, frisou.
Entre os complexos portuários visitados pelos integrantes do Pacto, estão Suape, em Pernambuco; Camaçari, na Bahia e Tubarão, no Espírito Santo, onde algumas cidades foram favelizadas no entorno dos portos. “É importante que os participantes do Pacto possam conhecer as experiências negativas e positivas. Assim, poderemos construir um cenário crítico, para se extrair dele soluções dos grandes desafios que se apresentarem. É em cima do documento final, que iremos trabalhar as fases seguintes”, salientou.
JS/CG