A maioria dos internautas (61,7%) defendeu a identificação e punição dos agressores, obrigando-os a trabalhar no estádio para pagar o prejuízo causado. Já 21% dos internautas acreditam que o uso de tornozeleiras em vândalos – com determinação judicial – seria a melhor opção, impedindo-os de frequentar estádios e o entorno deles. Outros 17,3% acham que a parceria com as torcidas organizadas e a promoção de campanhas educativas seriam a melhor maneira de combater o vandalismo.

O deputado Gony Arruda (PSD) avalia que o ideal seria a união dessas três opções. Ele defende a identificação dos vândalos e, assim, sua responsabilização pelo conserto do que foi danificado. “Isso ficaria de exemplo para os demais”, justifica.

Já o deputado Ferreira Aragão afirma que não se deve generalizar, pois, segundo ele, há pessoas de bem nas torcidas organizadas. Ele defende a identificação e punição dos vândalos, além da adoção de campanhas educativas. “Promovendo campanhas educativas junto às torcidas e punindo os vândalos conseguiríamos pagar o prejuízo e separar o joio do trigo”, comenta.

Para o pesquisador e professor de pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba Felipe Lopes, a alternativa mais eficaz é a realização de campanhas educativas em parceria com as torcidas organizadas. O pesquisador afirmou que já existem projetos semelhantes em países como a Bélgica, Colômbia e Alemanha.

“Aqui, no Brasil, algumas torcidas já começam a se articular dessa forma e, a meu ver, ninguém melhor para mediar os conflitos entre torcidas do que suas lideranças. É um trabalho baseado no diálogo, de médio a longo prazo, mas que traz bons resultados para os estádios, times e torcidas”, avalia Felipe Lopes.

LA/GS