Para o deputado Ely Aguiar (PSDC), o Brasil não precisa copiar um sistema político de culturas diferentes. “Nós brasileiros temos capacidade de implantar um sistema que se adapte a nossa cultura”, disse. O parlamentar ressaltou também que o problema da corrupção não vai ser resolvido acabando com os pequenos partidos, mas aplicando a Lei da Ficha Limpa.
O deputado Renato Roseno (Psol) destacou a importância da participação do cidadão nos debates sobre a reforma política. “A reforma política é um tema que interessa demais à população e é necessário acolher as propostas nascidas da sociedade”, afirmou. O parlamentar também ressaltou a importância de acabar com o financiamento empresarial de campanhas.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) também defendeu o debate amplo com a sociedade e declarou apoio ao projeto de reforma política, que está sendo elaborado por uma coalização de 101 entidades, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
“Com a lista fechada, os representantes eleitos não serão os da vontade popular”, apontou o deputado Zé Ailton Brasil (PP). Para o deputado Emano Freitas (PT), a sociedade brasileira necessita de mudanças profundas no sistema político do País. “O sistema brasileiro não é identificado pela população como um sistema que o represente”, observou.
A deputada Bethrose (PRP) defendeu mais transparência do fundo partidário e o aumento deste para as candidatas mulheres. Já a deputada Dra. Silvana (PMDB) posicionou-se contra qualquer esquema de cotas. “Estou aqui como deputada e concorri como todas as outras. É o trabalho de cada um que faz com que a população vote”, disse. A parlamentar também se posicionou contra a lista fechada.
O deputado Gony Arruda (PSD) também criticou a lista fechada. “Aprovar lista fechada é um passo para trás na política. Se aprovada, vamos voltar às ditaduras de partido”, frisou.
Os ex-deputados Professor Pinheiro e Lula Morais também participaram do debate. Pinheiro destacou que o voto distrital fortalece o voto no indivíduo e enfraquece os partidos. Lula Morais por sua vez defendeu que é preciso fazer uma reforma política que construa um futuro democrático. O parlamentar se posicionou contra o financiamento empresarial de campanhas e o voto distrital.
Contrário ao coeficiente eleitoral, o deputado Audic Mota (PMDB) pontuou que "só teriam vagas nas casas os partidos que conseguissem coeficiente eleitoral, e não é fácil”.
Manifestou-se ainda sobre a reforma política o presidente da Aprece, Expedito José do Nascimento.
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