De acordo com o requerente do seminário e membro da CDHC, deputado Renato Roseno (Psol), o Parlamento, por meio dessa iniciativa, oferece a possibilidade de desenvolver esse diálogo. “Queremos que a CDHC seja aberta para os mais diversos grupos. Só há sentido nesta Comissão se ela servir. Esta Casa só é de fato do povo quando ele está nela”, afirmou.

O parlamentar informou que as sugestões apresentadas serão analisadas e  poderão motivar a realização de audiências públicas, elaboração de projetos, requerimentos etc.

Estavam presentes ao debate representantes dos movimentos de mulheres, infância, direito à moradia, LGBT, juventude, educação, pessoas com deficiência, raça e etnia, violência institucional, idosos, da economia solidária, da saúde, comunicação e cultura, dos catadores e dos trabalhadores. Os participantes se dividiram em nove grupos para expor suas pautas e reivindicações.

Entre as inúmeras sugestões encaminhadas durante o seminário, está a de Raimundo José, portador de deficiência visual, que defendeu o passe livre intermunicipal. “Queremos ônibus realmente acessíveis, assim como escolas inclusivas e a implementação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para deficientes”, disse.

No tema saúde, Aline Saraiva, que tem um filho com alergia alimentar, pediu mais rigor por parte do Estado na entrega desses medicamentos, assim como um incremento na capacitação dos profissionais que trabalham nessa área.

O presidente da Comissão, deputado Zé Ailton Brasil (PP), avaliou o seminário como muito produtivo e disse que já está tendo demanda para que o evento seja realizado no interior do Estado. “Pretendemos, diante dessa solicitação, regionalizar e realizar grandes debates também fora da Capital”, ressaltou.

Estavam presentes também à reunião o deputado Elmano de Freitas (PT), a representante do Escritório Frei Tito de Alencar, Talita Maciel, e os vereadores João Alfredo (Psol) e Deodato Ramalho (PT), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza. João Alfredo sugeriu a retomada do Fórum Cearense dos Direitos Humanos, criado na época que ele foi deputado, e a articulação desse fórum com a Câmara Municipal de Fortaleza nos assuntos relacionados à Capital.

AP/CG