O deputado Professor Teodoro (PSD) disse que  não deve ser permitido o consumo de bebida alcoólica dentro dos estádios, tendo em vista o histórico de violência e confrontos durante e depois dos jogos. “O álcool, quando consumido em excesso, contribui para o acirramento dos ânimos”, avaliou.  

Para o parlamentar, a experiência da Copa, durante a qual a liberação da venda e do consumo não gerou maiores problemas, não serve de exemplo por ser num contexto diferente. “Não havia a presença de torcidas organizadas rivais. Mesmo nos jogos do Brasil, não se via tanta rivalidade entre os torcedores.”

O deputado Elmano Freitas (PT) também se declarou contrário à liberação de bebidas nos estádios, ao contrário do do que pensa a maioria dos internautas que respondeu à enquete. Ele salientou que deveria haver restrição quanto à entrada de pessoas alcoolizadas nas praças esportivas, o que, em sua avaliação, seria uma medida efetiva para reduzir a violência.

O jornalista e comentarista esportivo Renato Abreu disse que a resposta da enquete reflete o pensamento da maioria da população que não vê o consumo de cerveja associada à violência de torcedores em praças esportivas. Segundo ele, o que se viu na Copa do Mundo serve para sustentar a tese de que o torcedor comum não pratica atos de vandalismo. “São as torcidas organizadas as grandes patrocinadoras da violência”, frisou.

Renato Abreu recorda ainda que, quando o Ministério Público requereu a suspensão de bebidas alcoólicas, ele também se manifestou a favor. Porém, essa proibição estava associada a outras ações que nunca se efetivaram, entre elas o enquadramento em punições severas dos torcedores flagrados e o funcionamento de um juizado nos jogos para determinação imediata de penas aos infratores. “Isso, no entanto, nunca se viu. Em outros países, os vândalos são banidos dos estádios. Aqui, o máximo que acontece são algumas ações mais enérgicas da polícia”, acrescentou.

O comentarista destacou que foram instaladas câmeras de segurança para identificar pessoas que pratiquem ilícitos nos estádios. “Ao que se sabe, isso nunca aconteceu e, a cada jogo, cadeiras são depredadas nas áreas de torcidas organizadas e os clubes são acionados a pagar os prejuízos. Mas as torcidas organizadas, que têm CNPJ e até lojas próprias em shopping, é que deveriam cobrir as custas de seus excessos”.          

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