O deputado Welington Landim (Pros) lamentou o cancelamento do empreendimento e lembrou, em entrevista à rádio FM Assembleia, que o projeto foi um compromisso firmado pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma Rousseff com o povo cearense. “Houve esse compromisso político, então temos que trabalhar esse aspecto, pois esse cancelamento foi uma perda muito grande para o Ceará”, disse.

O deputado Heitor Férrer (PDT), por outro lado, lembrou que fez vários pronunciamentos nos quais afirmou “categoricamente que essa refinaria seria apenas uma promessa e não sairia do papel”. “Era uma história para boi dormir. O Brasil não tinha interesse, e tivemos um prejuízo enorme com a estruturação inicial do que seria a refinaria”, disse.

De opinião semelhante, a deputada Fernanda Pessoa (PR) afirmou que “não acreditava que a refinaria viria para o Ceará”. “Não existiu uma unidade política, em nível nacional, que trabalhasse no sentido de trazer essa refinaria para cá. Só conseguiremos trazer esse projeto para cá, quando houver essa unidade por parte das lideranças”, avaliou.

A refinaria Premium II teria capacidade de processar 47 milhões e setecentos mil litros de petróleo por dia. A expectativa era de que 90 mil empregos, diretos e indiretos, fossem gerados durante os quatro anos de construção da obra, que tinha previsão de ser concluída até 2017.

Em defesa da instalação do empreendimento no Estado, a Assembleia Legislativa iniciou, em maio de 2013, uma ampla mobilização em todo o Ceará. A Campanha pela Refinaria Premium do Ceará promoveu debates nos municípios de Aquiraz, Baturité, Camocim, Crato, Crateús, Iguatu, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Quixadá, Sobral e Tianguá.
PE/CG