Você está aqui: Início Últimas Notícias Maioria de Internautas concorda com medida que reduz realização de cesáreas
Em segundo lugar, com 35,9 % dos votos, ficou a opção que delegava à mulher a decisão de como realizar o parto, enquanto 5,8% dos internautas não têm uma opinião formada sobre o assunto.
O deputado Roberto Mesquita (PV), que também é médico, concorda com o voto da maioria, e alerta que a grande questão “é o exagero de cesarianas realizadas”, que chegam a somar 84,6% do total de partos realizados pelos planos de saúde.
Para Roberto Mesquita, esse “exagero” na realização de cesáreas se deve, principalmente, ao retorno financeiro que a prática proporciona aos planos de saúde.
O deputado e médico Heitor Férrer (PDT) concordou que deve haver uma redução das cesáreas e com as metas que devem ser alcançadas pelos estabelecimentos de saúde. “Nós temos que conscientizar os médicos a estimular as mulheres a optar pelo parto normal, visto que a cesárea já está se estabelecendo como uma nova cultura no Brasil”, disse.
A gerente da Célula de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Léa Dias, também reforça a opinião da maioria dos internautas e acrescenta que a Secretaria de Saúde já vem realizando diversas ações no sentido de incentivar as mulheres a optarem pelo parto normal. De acordo com ela, a nova norma apresentada pelo Governo Federal engloba, desta vez, a rede privada, dando à mulher “opções para realizar o parto da maneira que achar mais adequada”.
De acordo com ela, com a nova regulamentação, a gestante será informada a cada 15 dias sobre a taxa de cesáreas feitas pelo médico; os médicos terão que utilizar o “partograma”, documento gráfico em que são feitos registros de tudo o que acontece durante o trabalho de parto; além de restringir o pagamento de cesáreas desnecessárias.
A nova resolução foi publicada no dia 7 de janeiro, mas haverá um prazo de 180 dias para planos, hospitais e médicos se adequarem a elas.
PE/CG