Sérgio Aguiar destacou o trabalho desenvolvido pelo Conselho, que garantiu a participação da sociedade no debate de temas relevantes para o desenvolvimento do Estado. Segundo informou, a elaboração da Agenda Estratégica para o CIPP envolveu academia, sociedade, iniciativa privada e governo, “num processo democrático que resultou numa série de sugestões e compromissos que visam o aprimoramento do Complexo Portuário do Pecém”.
A apresentação da Agenda foi feita pelo presidente do Conselho de Altos Estudos, deputado Lula Morais (PCdoB), que enfatizou a importância do documento para a economia do Ceará. “Tenho certeza de que nós demos a nossa contribuição para o desenvolvimento do Estado. Estamos fazendo história, entregando um trabalho que vai mudar a face econômica do Ceará”, pontuou.
O parlamentar afirmou ainda que a elaboração da agenda foi longa, tendo se iniciado em julho de 2012. Ele lembrou que, em março de 2013, várias instituições se reuniram e aprovaram um documento com os grandes desafios que a sociedade e o governo precisavam enfrentar para que o CIPP promovesse o desenvolvimento do Estado.
Segundo o deputado, os sete desafios apontados pela Agenda para que o CIPP possa aliar progresso com preservação do meio ambiente e bem estar social são: elaboração de um plano de gestão ambiental integrado; adequar as políticas sociais à dinâmica populacional da área do CIPP e do entorno; implantar e complementar a infraestrutura básica em toda área de influencia do CIPP; desenvolver políticas de atração, fixação e fortalecimento de cadeias produtivas no Estado, complementares ao CIPP; ajustar o descompasso entre oferta e demanda de mão de obra, bens e serviços; integrar o planejamento do CIPP com o dos municípios de São Gonçalo do Amarante, Caucaia; e aperfeiçoar o sistema de gestão com capacidade para desenvolver uma gestão compartilhada.
Já o secretário executivo do Conselho de Altos Estudos, Francisco Lopes Viana, disse que a proposta se constitui num plano ambiental integrado, com definição de políticas públicas e de capacitação.
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Roberto Smith, destacou que toda a equipe que desenvolveu a Agenda Estratégica para o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) está de parabéns. "Trata-se de um pacto de sangue que está se selando hoje, para que haja de fato compromisso com o que foi pactuado”, pontuou. O economista também ressaltou que, dos sete desafios que foram definidos, o planejamento e a gestão são de grande importância. “É preciso que problemas que surgem, originários do crescimento, tais como a segurança, os focos de moradia e o sistema de transporte, sejam gerenciados de forma integrada”, argumentou.
José Lima Matos, diretor da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara de Logística, demonstrou satisfação ao ver um estudo de tamanha dimensão. “Não pela conclusão, mas pelo início de uma percepção da sociedade de que temos que evoluir. Já faz 40 anos que o Ceará representa apenas 2% da economia do Brasil, e trabalhos como esses dão esperança de que nós possamos avançar”, avaliou.
LS/CG