Candidato governista ouviu apelos da categoria
FOTO:MAURI MELO
Camilo Santana (PT), candidato governista à sucessão de Cid Gomes (Pros), esteve ontem com professores das universidades estaduais do Ceará, que apresentaram demandas para uma eventual gestão sua. O principal pedido dos professores foi a contratação de 800 novos docentes, proposta que o candidato prometeu acatar “dentro das limitações orçamentárias que o Ceará tem”.
O petista, que tem a ex-secretária estadual de Educação Izolda Cela como vice, defendeu as políticas do Estado para a área. Ele afirma que “hoje, o salário do professor da Uece é maior do que a do professor da Universidade Federal do Ceará”. Segundo o candidato, o Tesouro estadual também tem outras demandas. “Tá tudo bom? Tá tudo resolvido? Claro que não. Mas o Estado só é feito de universidades?”, declaro o candidato.
Camilo afirmou que o Ceará foi o primeiro Estado a cumprir a Lei Nacional do Piso, incluindo a previsão de 1/3 da carga horária para planejamento. Perguntado qual foi então o motivo para a Abolição ter questionado a constitucionalidade da lei, o candidato respondeu“aí, você pergunta para o governador”.
Compromisso
A expectativa de Elda Maria Maciel, dirigente do Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece), para um eventual governo Camilo é de uma boa relação com os movimentos sociais. “É fato que até agora nós não tivemos essa relação”, afirma. Na opinião da sindicalista, o encontro teve a importância de iniciar este diálogo.
Durante a reunião, foi entregue a carta-compromisso que o Sinduece já havia apresentado a candidatos no primeiro turno. De acordo com Elda, Eunício Oliveira (PMDB), adversário de Camilo, ainda não abriu espaço na agenda para a categoria. (Renato Sousa)