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Coluna Fábio Campos - QR Code Friendly
Quinta, 02 Outubro 2014 07:05

Coluna Fábio Campos

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  O retrato batido pela pesquisa O POVO/Datafolha no Ceará desautoriza prognósticos. Pode dar qualquer um dos dois líderes. A fatura pode ser liquidada no primeiro turno. Ou não. Cenário aberto. E assim vamos caminhar até o próximo domingo. Portanto, até lá, serão o mundo político com os nervos à flor da pele. Na última eleição para prefeito de Fortaleza, foi possível perceber que uma parte do eleitorado flutuou entre as candidaturas postas. Na última hora, um grande número de eleitores migrou para a candidatura de Heitor Férrer (PDT). Realizadas na véspera da eleição, as pesquisas não conseguiram detectar essa migração, que se fez silenciosa. Há sinais de que, na disputa de agora, pode haver migrações de grande porte na última hora e com características similares, na virada de sábado para domingo. Estão aí os milhares de eleitores que se declaram indecisos para sustentar a assertiva. O candidato que conseguir atrair as simpatias desse imenso público ganhará as eleições para o Governo. O baixíssimo desempenho dos candidatos Eliane Novais (PSB) e Aílton Lopes (Psol) é outro fator que explica o quadro aberto detectado pelo Datafolha. 1% de intenções de voto para cada um. Algum crescimento de um ou de outro pode ser decisivo para levar a eleição ao segundo turno. Atentem para os resultados do cenário para o possível segundo turno. Eunício Oliveira (PMDB) sai de 39% do primeiro turno para 45% no segundo. Ganha seis pontos. Camilo Santana (PT) praticamente não sobe ao sair dos 37% do primeiro turno para 38% no segundo. Os 14% de indecisos do primeiro diminuem para 11%. Há nesses números o indicativo de que (a preço de hoje) é Eunício o candidato que aparenta mais capacidade de atrair camadas de indecisos. Na reta final do primeiro turno, tais circunstâncias podem ser muito favoráveis à sua candidatura. Por outro lado, a curva de intenção de voto do candidato tem se mantido descendente (mesmo com baixas oscilações) desde o início da campanha. Notem que os seis pontos de crescimento de Eunício do primeiro para o segundo turno coincidem com a soma dos três pontos de indecisos a menos com os outros possíveis dois ou talvez três pontos percentuais de votos dos candidatos Aílton e Eliane. De toda forma, na passagem do primeiro para o segundo turno, ainda sobram 11% de eleitores em dúvida. Trocando em miúdos, as opções postas no primeiro turno com cara de segundo turno (e vice-versa) não está arrebatando mentes e corações de uma parte do eleitorado que tende a ser decisiva. Nas vésperas da decisão, os candidatos vão usar todas as armas disponíveis. Com vários objetivos. É preciso crescer impedindo que o adversário direto cresça. Hoje, a campanha na TV e no rádio chega ao fim. A brutalidade do jogo vai ter continuidade. Porém, se dará nos bastidores, nas redes sociais e, de alguma forma, nas ruas. Pelo que assistimos até agora, dinheiro para financiar essa guerra de grupos políticos que eram aliados há apenas dois anos não será exatamente um problema. Afinal, um dos estados mais pobres da Federação promove uma das campanhas mais ricas do Brasil. No que diz respeito à eleição para o Senado, há elementos para afirmar que o processo aponta a vitória folgada de Tasso Jereissati (PSDB). Pela pesquisa, caso não haja inesperadas mudanças de véspera, o tucano terá algo em torno de 72% dos votos válidos. O que o tornará o campeão de votos em disputas de senador do Ceará.
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