A diminuição dos juros ocorre na concessão de crédito para pequenas empresas e também para pessoas físicas, contemplando ainda a aquisição de bens e serviços de consumo. Dedé Teixeira acredita que essa medida deverá incentivar reduções de taxas nos bancos privados e favorecer a economia nacional.
“A verdade é que nada justifica o atual spread bancário de 32% sobre empréstimos nos bancos privados: nem os impostos, nem os custos, nem o compulsório e nem a inadimplência. Só a falta de concorrência nesse setor e a absoluta falta de políticas para enfrentar a questão justificam a situação”, disse. O spread é a diferença entre os juros cobrados pelas instituições financeiras nos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas e as taxas pagas por eles aos investidores que aplicam dinheiro no banco.
Para o deputado, a redução dos juros bancários faz parte de uma estratégia maior de estímulo à economia e combate aos efeitos da crise internacional no Brasil. Estratégia, segundo ele, que desonerou a folha de pagamento das indústrias e ampliou o crédito às empresas. “Com essas medidas que fomentam o desenvolvimento, estamos começando a trilhar um caminho sustentável para os próximos anos”, disse.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) elogiou as medidas do governo que atacam os juros altos. Disse que o País não deve se curvar aos bancos, que lucram muito mais do que muitas indústrias. “Não vemos em nenhuma dessas instituições financeiras um trabalho para socializar lucros”, criticou.
Para Moésio Loiola (PSD), a tentativa do governo é muito boa e o cinismo dos bancos é grande quando divulgam que seus lucros não crescem tanto assim. Fernando Hugo (PSDB) afirmou que é preciso também uma reforma tributária no Brasil que privilegie e favoreça aqueles que produzem no País.
MM/AT