Para o deputado Fernando Hugo (SD), o plenário da Assembleia e as demais casas políticas do Brasil debaterão de forma direta ou indireta os assuntos relacionados à eleição. “Não há como fazer com que a AL, que é uma casa política, se transforme em quartel general ou um convento. A AL é o palco de maior debate político, principalmente eleitoral”, disse.  

Segundo o deputado, não havendo prejuízo nos trabalhos e nas matérias que porventura cheguem à casa, os trabalhos devem ser reduzidos. “Não vejo por que tentar fazer hipocritamente sessões na Casa, sabendo que, muitas vezes, não dará quorum. A emenda às vezes sai pior que o soneto”, opina.  

Os deputados Leonardo Pinheiro (PSD) e Rachel Marques (PT) também são de acordo com a diminuição do número de sessões durante o processo eleitoral, mas defendem que a tribuna da Casa deva ser usada para tratar de políticas públicas para população e não para o debate eleitoral.

Para a petista, deve haver uma redução nos trabalhos, mas não paralisar o funcionamento do Parlamento. “Certamente devemos ter uma redução, porque o processo exige, mas não podemos parar as atividades”, afirma. Rachel destaca que, embora estejamos no período eleitoral, não se pode fazer debate, dentro do plenário, que beneficie especificamente uma determinada campanha. “Nós vamos continuar discutindo as necessidades da população e os nossos projetos. Eu devo estar tratando nessa semana sobre a questão da cultura de paz, e nós temos que pensar em políticas públicas”, destaca.

Já Leonardo Pinheiro pondera que os parlamentares devem deixar de lado, o máximo possível, os problemas políticos e focar em questões de interesse da sociedade. “O povo deve ser prioridade em todo momento. A tribuna deve servir como espaço de debate social, de assuntos que interfiram diretamente na vida da população. Nós temos as ruas, o rádio, a televisão. Dentro da AL, eu sou o deputado Leonardo, fora da AL, eu sou o candidato”, pontua.

DF/CG