Líder Sarto definiu as críticas como "naturais" e minimizou "cunho de ruptura" de Eunício com o Governo
FOTO: MÁXIMO MOURA/AG. ASSEMBLEIA
Mesmo diante da mudança de postura do senador e pré-candidato ao Governo do Estado, Eunício Oliveira (PMDB), que resolveu partir para o ataque contra a gestão Cid Gomes, aliados do Palácio da Abolição evitaram gerar tensão política e amenizaram o teor da investida do peemedebista. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Sarto Nogueira (Pros), disse ontem, ao O POVO, que “críticas são naturais” e que ainda é prematuro considerar ruptura.
Conforme O POVO mostrou nos últimos dias, Eunício e seguidores, como o vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena (PMDB), bateram duro nas políticas de segurança pública, saúde e distribuição de renda do Governo do Estado. O ponto alto aconteceu no último final de semana, durante encontro do PMDB, em Crateús (353 km de Fortaleza).
“A crítica do senador é natural; não quer dizer que dela vá derivar ou que se tenha algum cunho de ruptura”, afirmou Sarto. Ele destacou que Cid recebe as críticas “com a consciência de quem tem tentado fazer o melhor pelo Estado”.
O ex-ministro Leônidas Cristino, apontado como um dos prováveis candidatos do Pros ao Governo, disse não ter tomado conhecimento sobre os comentários de Eunício. Mas pontuou que, seja qual for a área que se queira atacar do atual governo, o Pros é capaz de rebater, apresentando as obras feitas pela gestão.
Também são pré-candidatos do Pros o presidente da Assembleia, José Albuquerque, o vice-governador Domingos Filho, o depuado Mauro Filho e a ex-secretária da Educação, Izolda Cela.
O presidente estadual do Pros e chefe de gabinete de Cid, Danilo Serpa, informou, através de assessoria, que não se pronunciaria sobre assuntos políticos, já que o partido ainda não tem definidos os rumos para 2014. Do governador e do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros), também não houve comentários.
Prefeitura de Fortaleza
O vice-prefeito Gaudêncio Lucena reafirmou que as posições adotadas conta o governo estadual “não têm repercussão na área municipal”. Ele elogiou as ações de Roberto Cláudio em saúde e mobilidade urbana e afirmou que a relação entre eles está “em perfeita comunhão”.
Gaudêncio rebateu a afirmação do deputado estadual Sérgio Aguiar (Pros) que disse ao O POVO, anteontem, que a situação da violência “não é culpa do poder público”, mas “resultado do consumo e do tráfico de drogas”.
“Não adianta fazer discurso dizendo que a culpa é da droga, porque temos de combater o tráfico de drogas, mas a violência não é só em função das drogas”, disse Lucena. “Embora o PMDB tenha participado até recentemente do Governo, não pode poupar críticas aquilo que não funciona”, completou.
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