“O aquário é um equipamento fundamental para o turismo de Fortaleza e para a reabilitação de toda aquela área”, disse o parlamentar peemedebista, referindo-se ao Centro da cidade, à Praia de Iracema e à comunidade do Poço da Draga.

Segundo Carlomano, estudos apontam que o Acquário Ceará vai atrair mais turistas e prolongar em um dia o tempo de permanência dos visitantes na cidade. De acordo com ele, isso irá qualificar o setor e gerar um incremento da receita dos hotéis, comércio e profissionais autônomos.

Diante desses argumentos, Carlomano comemorou que atualmente, segundo ele, “100% do Parlamento” apoia a instalação do equipamento na Praia de Iracema. O projeto tinha nos deputados Heitor Férrer (PDT), Augustinho Moreira (PV) e Roberto Mesquita (PV) seus principais opositores. Agora, conforme o peemedebista, todos estão favoráveis a sua construção.

O deputado ponderou que agora é preciso acabar com as “picuinhas que amarram” a continuidade da obra. Ele se referia a uma ação do Ministério Público do Estado (MPE) pedindo que o local do empreendimento passe por um estudo arqueológico.

Em aparte, Roberto Mesquita (PV) afirmou que um dia a mais de permanência de 30% dos turistas que hoje visitam a Capital vai gerar uma receita extra para o turismo de R$ 230 milhões por ano. Já o deputado Dedé Teixeira (PT) lembrou que o aquário será também um instrumento para que pesquisadores desenvolvam seus estudos. “A comunidade acadêmica estará lá dentro”, disse.

O líder do Governo, Antonio Carlos (PT), ressaltou a grande quantidade de atrativos naturais do Ceará, como as serras e as praias, “mas há outros atrativos advindos da modernidade, feitos pela mão do homem, que as pessoas gostam de visitar”. Ele citou como exemplo a sede da Nasa, nos EUA, e o aquário de Lisboa, em Portugal, “construções derivadas da inteligência humana e que as pessoas querem ver”.

Ele disse ainda estar satisfeito com a mudança de visão de alguns parlamentares que antes eram contra o empreendimento e agora reconhecem seus benefícios e o incremento que dará ao turismo cearense.

SAÚDE

Carlomano aproveitou para destacar a notícia veiculada no jornal O Povo, que confirma o investimento de apenas 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em saúde. De acordo com a matéria, para viabilizar um sistema universal, como o Sistema Único de Saúde (SUS), é necessário um gasto de 7,5% do PIB. “Mas eu acho que deveria ser direcionado no mínimo 10%”, frisou o parlamentar.

Segundo ele, o SUS, em sua concepção, é o sistema de saúde perfeito, “o melhor do mundo”, mas precisa mudar várias coisas para que funcione de fato, “como a gestão, por exemplo”. De acordo com ele, no orçamento do Ministério da Saúde, “os prefeitos colocam esgotamentos, aterros sanitários e outras coisas que são preventivas, mas não voltadas para o assistencialismo, que é o que a população precisa”.
DA/JU