Após completar dez dias longe da administração do Ceará, o governador Cid Gomes retoma as atividades no sábado, dia 26 de abril. A licença, oficializada no dia 15 do mês corrente, foi marcada pela polêmica em torno do paradeiro desconhecido do gestor que, através das redes sociais, disse apenas que iria se afastar do cargo para realizar um “tratamento de saúde”, atendendo à recomendação médica, em uma “clínica no Brasil”. Ontem, uma fonte do Palácio da Abolição, que pediu reserva, confirmou ao jornal O Estado que o chefe do Executivo está em repouso na casa da família na serra da Meruoca, no município de Sobral, berço político dos Ferreira Gomes.
A ausência de informações oficiais abriu espaço para uma série de especulações que, até o momento, não se confirmaram. A oposição ao governador na Assembleia Legislativa, chegou a declarar que Cid Gomes estaria no exterior e que teria embarcado em um avião particular na companhia de um empresário do setor calçadista. Além disso, cearenses que visitaram o estado do Rio Grande do Sul, no feriado da Semana Santa, chegaram a afirmar, nas redes sociais, que viram o governador do Ceará circulando na cidade de Gramado.
Ao retornar ao cargo, Cid Gomes já começa a responder pelos processos administrativos do Estado no sábado. Após o recesso, o seu primeiro compromisso público está agendado para acontecer na próxima terça-feira (29). Cid irá participar da abertura do seminário preparatório para da VI Conferência de Cúpula do BRICS, marcado para acontecer no auditório da Biblioteca Central, da Universidade de Fortaleza. Porém, a assessoria não descarta a possibilidade da inclusão de outros compromissos ainda na segunda-feira.
RELEMBRE
Cid Gomes pediu licença do cargo no dia 15 de abril e foi substituído pelo presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido. Pelo Facebook, o governador anunciou que passaria por um tratamento médico, mas não deu mais detalhes sobre o assunto. Brígido ficará no exercício da função até hoje.
No momento da transmissão do cargo, o vice-governador Domingos Filho (Pros) e o presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque (Pros), ocupantes de cargos anteriores ao do desembargador na linha sucessória, não assumiram porque pretendem concorrer nestas eleições. Eles usaram como justificativa o artigo 14 da Constituição, que trata da inelegibilidade de parentes, caso um deles venha a assumir a função no período inferior a seis meses da eleição.