Apesar da aparente discrição e da situação de menor exposição política do que a de alguns dos concorrentes, o vice-governador do Ceará, Domingos Filho (Pros), disse ao O POVO que está com “todas as energias mobilizadas” para tentar ganhar a vaga de candidato ao Governo com apoio com o atual titular do posto, Cid Gomes (Pros). “Quem foi 16 anos deputado, qual o projeto que tem? Governar o estado. Minhas energias estão todas mobilizadas para o plano A”, disse, ao ser perguntado se toparia outra posição na chapa governista em 2014. Publicamente, Domingos Filho tem se mantido mais distante dos holofotes do que personagens como o senador Eunício Oliveira – que tem feito uma espécie de caravana pelo Interior para tentar viabilizar candidatura do PMDB – e do presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque (Pros), visto com cada vez mais frequência em eventos públicos ao lado de Cid. “Cada qual tem estilos e modelos”, disse o vice, dando sinais de que mais lhe interessa se manter nos bastidores. Na última quarta-feira, Domingos Filho esteve reunido, em Fortaleza, com o ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto (PMDB), um dos principais aliados de Eunício e importante força política no Interior. Ele negou que as eleições de 2014 tenham entrado em pauta e disse que a reunião foi apenas uma “visita de amigo”, na qual Agenor teria lhe convidado para festas em Iguatu. Apesar de ter sido enfático ao defender a própria candidatura, Domingos disse que será disciplinado e se manterá sereno até segunda ordem de Cid. Acordo possível? Em 2013, após mais de 20 anos no PMDB, o vice-governador migrou para o Pros para ter chance de sair candidato, já que seu antigo partido decidiu nacionalmente pelo nome de Eunício. Apesar do impasse, Domingos disse crer em um acordo entre os dois partidos. Saiba mais Além de Domingos Filho, também são apontados como possíveis candidatos o presidente da Assembleia, a secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, o deputado estadual Mauro Filho e até o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (todos do Pros). No PMDB, Eunício também briga para ganhar as bênçãos de Cid. Apesar das articulações intensas, Cid tem dito que só deverá se pronunciar oficialmente em junho. O POVO tentou ouvir Agenor Neto, mas ele não foi localizado.