Conforme a deputada Rachel Marques (PT), autora do requerimento para o debate, é preciso assegurar o reconhecimento do autista como ser pleno de direitos. “A pessoa autista precisa ser ouvida e valorizada pela família, por profissionais e pelas autoridades públicas”, frisou.

Segundo a parlamentar, estimativas indicam que 1% da população mundial possui Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em algum nível, o que pode significar que, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas são autistas. “O Brasil, em 2008, ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência com status de emenda constitucional e, em 2012, os autistas foram legalmente reconhecidos como pessoas com deficiência”, disse.

Rachel Marques destacou que a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi construída coletivamente sob o lema “Nada sobre nós, sem nós”, porém, é comum que a opinião das pessoas autistas seja desprezada. “É preciso reconhecer a opinião da pessoa autista, principalmente em assuntos que lhe dizem respeito. Por isso, a ONU decretou 2 de abril como o Dia Mundial da Consciência sobre o Autismo, para que os autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam e reafirmem o compromisso de promoção e inclusão de seus direitos”, salientou.
GM/AT