Segundo o parlamentar, um contrato irregular foi assinado com uma empresa, que seria responsável pela gestão das consignações. A irregularidade, conforme Heitor Férrer, consistiria no fato de o dono da empresa suspeita de irregularidade ter envolvimento com um integrante do primeiro escalão do Governo.
O pedetista lamentou a derrubada de requerimento de sua autoria que solicitava a nulidade da parceria. “É um esquema de enriquecimento ilícito através do suor e da espoliação do servidor público”, classificou, adiantando que enviou documentação à Procuradoria Geral de Justiça para o Executivo ser convocado a prestar esclarecimentos.
Heitor Férrer afirmou que a movimentação mensal decorrente desses empréstimos chega a R$ 94 milhões. “Olha que fortuna”, pontuou. O pedetista lembrou de visita surpresa feita pelo governador à AL ano passado justamente para tratar do caso. À época, Cid Gomes negou a existência de qualquer esquema ilegal e pediu ao deputado que apresentasse provas. Hoje, Heitor informou que protocolou ofício no Palácio da Abolição em dezembro de 2011 e, até agora, não recebeu resposta do chefe do Executivo.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) qualificou o discurso do pedetista de “miúdo, raquítico e repetitivo”, e pediu que Heitor Férrer expusesse ao plenário as novas provas anunciadas. “Não convence a ninguém. Vossa excelência querer colocar o governador no rol dos corruptos. O povo não vai lhe perdoar. E esse reparo que faço não é ao governador, mas à história da família Ferreira Gomes”, contrapôs.
BC/LF