“Tive o cuidado de analisar as denúncias uma a uma. Todos sabem do meu procedimento naquilo que critico. Como vice-presidente, fui boicotado. Se eu tivesse assumido minhas funções, não iria compactuar com coisas que ali acontecem”, pontuou.
O parlamentar chegou a formar uma chapa e se candidatar à presidência da FCF no triênio 2010-2013. Contudo, por um acordo, desistiu de disputar e aderiu à candidatura da situação como vice-presidente. O deputado disse que foi isolado pela presidência e é impedido de desempenhar qualquer papel na associação. Ele sequer possui uma sala na sede.
Segundo o parlamentar, denúncias dão conta de que a receita oriunda da venda de espaços para anúncios publicitários “entra no bolso de alguém”. Além disso, conforme observou, o repasse de R$ 100 mil da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também não entrou no caixa da associação. “É um absurdo um caso desses. Esse repasse não é contabilizado em sua totalidade.”
O deputado disse ainda que a FCF promove um suposto esquema de venda de cortesias para partidas do Campeonato Cearense. De acordo com o parlamentar, a federação está vendendo esses ingressos para cambistas. Há também indícios de que jogos do campeonato estadual tiveram seus resultados arranjados para favorecer apostadores. “Isso não é novidade no futebol brasileiro”.
Idemar apontou falta de transparência no contrato dos direitos de transmissão televisiva das partidas do Campeonato Cearense. O parlamentar disse que não se sabe o valor acertado pela federação com as emissoras de televisão, prejudicando, portanto, o pagamento aos clubes.
Um convênio firmado pela federação com a Secretaria de Esporte e Lazer de Fortaleza também foi posto em cheque pelo parlamentar. Conforme as informações obtidas por ele, a federação não repassou o dinheiro que recebeu da Prefeitura para o fomento do futebol amador na Capital. “Até hoje eles não receberam um centavo sequer”, acrescentou.
Para o deputado Heitor Férrer (PDT), indícios de tantas irregularidades já são suficientes para a abertura de uma CPI. “Em um mês elucidaremos a verdade”, estimou o pedetista.
DA/AT