Você está aqui: Início Últimas Notícias Comissão debate nesta terça ações para evitar mortes na BR-116
Conforme o parlamentar, “os atropelamentos são uma chaga nacional. Milhares de pessoas são caçadas e mortas nas rodovias, estradas e vielas do País”. Para evitar que a situação piore na BR-116, a Assembleia vai debater o assunto, cobrando providências dos órgãos ligados ao transporte e a infraestrutura.
Segundo explicou Heitor, o promotor Alexandre Alcântara e a professora e diretora da Escola Vila, Fátima Limaverde, já haviam entrado com uma representação em fevereiro passado, junto ao Ministério Publico Federal, contra a União (Ministério dos Transportes e Departamento Nacional de Infraestrutura, o Dnit) e o Estado (Detran), na tentativa de solucionar o problema.
A Escola Vila Verde fica próxima ao trecho da rodovia onde ocorrem os acidentes. Na representação, os dois evidenciam que os estudantes já fizeram manifestação em frente à sede do Dnit pedindo melhorias na BR 116. “Os alunos também organizaram um abaixo-assinado com cerca de dois mil nomes, que foi entregue ao superintendente do Dnit”, disse Heitor. No documento, a comunidade, que mora nas proximidades, solicitava a construção de passarelas, sinalização adequada e maior segurança, além de medidas mais enérgicas para infrações no trânsito e a realização de uma campanha de educação.
Ainda segundo a representação, no período de primeiro de janeiro de 2007 a 15 de novembro de 2011, morreram 145 pessoas em razão de acidentes no trecho da rodovia. Desse total, 80 por atropelamentos e 22 em colisão de bicicleta. Conforme o documento, os números impressionam pela idade das vítimas – 15 tinham entre 60 e 70 anos; nove entre 71 e 80 anos, e três tinham mais de 80 anos.
“A insegurança no trânsito da BR-116 é grave e tem se agravado nos últimos anos em razão do aumento de veículos. É importante lembrar que muitas pessoas mudaram para Eusébio, Messejana e bairros vizinhos, sem contar com o deslocamento diário de funcionários ao Centro Administrativo do Cambeba”, frisa o promotor Alexandre Alcântara, acrescentando que a rodovia “não oferece nenhuma segurança aos pedestres”.
Foram convidados a participar do debate, além dos requerentes, representantes do Dnit; Detran; Autarquia Municipal de Trânsito (AMC); Ordem dos Advogados do Brasil-seção Ceará (OAB-CE); Procuradoria de Justiça; associações de Moradores dos bairros que circundam a BR-116; Policia Rodoviária Estadual e Federal e Ministério Público Federal.
EU/AT