“As tentativas do Legislativo em contribuir para a sociedade cearense esbarra no não cumprimento das leis”, avaliou Bethrose. Ela lembrou que os deputados cearenses foram autores de leis que proíbem o uso de celular em agências bancárias, que obrigam os bancos a instalarem biombos – estruturas para garantir a privacidade nos caixas – e que vetam o acesso de pessoas usando capacetes.

Contudo, segundo ela, os bancos resistem principalmente a instalarem os biombos. Esse equipamento tem a intenção de evitar a chamada saidinha bancária, crime no qual assaltantes abordam do lado de fora da agência clientes que sacaram altas quantias em dinheiro. Os defensores dos biomas alegam que, com a estrutura de proteção, os bandidos não conseguem saber a quantia sacada, inibindo as ações criminosas.

“Para que tenhamos uma sociedade segura e justa, que garanta direito de ir e vir com tranquilidade, é preciso a tomada de decisões que ultrapassem as medidas governamentais”, disse a deputada sobre o papel que os bancos não têm cumprido com rigor.

A parlamentar exaltou os esforços empreendidos pelo Governo do Ceará para combater a criminalidade. Entretanto, na visão dela, a resposta dada pelo Estado para a criminalidade não tem surtido o efeito esperado. Ela também alertou para a migração da criminalidade para o interior do Estado, buscando ambientes mais vulneráveis. De acordo com Bethrose, dos 21 ataques a bancos realizados em 2012 no Ceará, 14 ocorreram longe da capital Fortaleza.

Em aparte, os deputados Welington Landim (PSB), Idemar Citó (DEM), Roberto Mesquita (PV) e Ely Aguiar (PSDC) parabenizaram a parlamentar pelo pronunciamento. Também cobraram dos bancos a efetivação das leis criadas e aprovadas pelos deputados cearenses.
DA/CG