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Conforme a presidente da Comissão, deputada Bethrose (PRP), a expectativa é de que a campanha seja realizada em todas as regionais da Capital, visando formar multiplicadores de combate a este tipo de crime. “A relevância da campanha se deve, sobretudo, face à realização da Copa 2014 na Capital. Estamos fazendo aqui um trabalho preventivo”, explicou.
A parlamentar afirmou que a melhor forma de prevenir o abuso sexual, principalmente de crianças na faixa etária de 0 a 9 anos, é dá conhecimento à sociedade, à escola e à família, de como se pode proteger suas crianças de um abuso, uma vez que o abusador de crianças geralmente é muito próximo da família, “então é muito difícil de ser identificado e a maior arma desse abusador é o silêncio, é ter esse tema tratado como tabu”.
O promotor de Justiça da 2ª Promotoria Criminal, Carlos Andrade, destacou que muitos casos de exploração sexual não estão sendo combatidos devido à complexidade da apuração. “É um crime cuja apuração não é muito simples. A vítima não se percebe como vítima, então normalmente ela não vai fazer a comunicação”, salientou.
Ele enfatizou ainda que em decorrência da criminalidade generalizada os crimes ligados à exploração sexual de crianças e adolescentes não são prioridade nas atividades policiais. O promotor disse que um dos maiores problemas, ou talvez o fator decisivo no processo de exploração sexual é a desestruturação da família, uma vez que os pais muitas vezes “compactuam com isso ou não se importam, ou até mesmo são ausentes”.
Na ocasião, a psicóloga e escritora, Helena Damasceno, ministrou palestra para explicar as diferenças entre abuso e exploração sexual, as formas de prevenção e de identificação, os sinais de alerta, os indicadores físicos e comportamentais da vítima de abuso.
Além de estudantes e educadores, o evento reuniu conselheiros tutelares, assistentes sociais, técnicos dos Centros de Referência Especializada da Assistência Social (Creas) e dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), psicólogos, agentes de saúde, líderes comunitários e moradores dos 18 bairros que compõem a Regional V. Entre os participantes estavam ainda a diretora da escola, Elionete Vasconcelos; coordenador André Casimiro; professor George Marinho, representando a Secretaria de Educação do Estado; e os articuladores da Sefor e da Regional V, Tales Fernandes e Lisandra Socorro.
Em 2011 e 2012 a ação percorreu todo o interior do Estado, mobilizando 183 municípios e 494 escolas, formando mais de seis mil multiplicadores, com 209 planos de trabalho realizados.
LS/LF