Ele referiu-se aos últimos episódios ocorridos em Brasília, onde líderes parlamentares da Presidência no Senado foram trocados dentro do PMDB, e indicados do PR e PDT não tiveram o apoio da petista para assumirem ministérios. Ontem, o PR anunciou o desligamento da base aliada, por sentir-se “desprestigiado”. “Será que é justo o governante dividir o poder até com quem não confia? Será que ela não poderia libertar a população desse modelo corruptor, que precisa ser mudado?”, indagou.
Roberto Mesquita afirmou ser totalmente favorável ao diálogo entre os poderes Legislativo e Executivo. Sem que haja, inclusive, qualquer tipo de barreira. Contudo, criticou o fato de isso significar, muitas vezes, empecilhos para a gestão. “Peço que a presidente Dilma, com o apoio da população, não se intimide com o que está acontecendo. Estão numa forma clara de chantagem”, afirmou.
Na avaliação do deputado, a petista está fazendo mudanças na máquina pública que contam com o apoio irrestrito da população. Logo, não teria com o que se preocupar, caso “enfrentasse” os tais “chantagistas”. “Partido nenhum no mundo tem a hegemonia do povo. Mas a aliança não pode servir de escravidão. Que ela exista em cima de propósitos e programas de governo”, considerou.
Ele cobrou do Partido dos Trabalhadores (PT) uma defesa mais contundente da sua maior representante. “A lei maior deve ser a vontade do povo; a sensação de felicidade do povo. E o que estamos assistindo nesse momento político merece profunda discussão. Ao fazerem isso (chantagem), afirmam que a aliança é fisiológica e não tem como objetivo os interesses da população”, comentou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) declarou total apoio ao pronunciamento de Roberto Mesquita. E anunciou que motoristas da empresa Expresso Guanabara deflagraram greve no começo da tarde de hoje. “Não há como ir para a zona norte. Quem quiser ir, que busque outra alternativa”, pontuou.
BC/CG