Você está aqui: Início Últimas Notícias Autoridades discutem Programa Mais Médicos e cobram recursos para o SUS
“Sabemos da necessidade de comunidades periféricas em que moram pessoas mais carentes, como também de municípios mais distantes de receber atendimento de saúde de qualidade, mas, apesar de o programa ter este objetivo, sabemos também que a forma como será aplicado tem recebido críticas e o nosso papel é debater essa questão”, salientou Lula.
Quanto ao financiamento de recursos para o SUS, o parlamentar informou que entidades e secretarias da área da Saúde colheram quase dois milhões de assinaturas em projeto de iniciativa popular, que obriga a União a destinar cerca de 10% de suas receitas brutas para o setor, o que daria um enjetamento de R$ 40 bilhões na área.
Para o presidente do Conselho Estadual de Saúde, João Marques de Farias, o Mais Médicos é um programa de saúde colocado dentro de uma difícil realidade enfrentada pelo SUS, quanto a sua realidade de gestão como um todo, pelo seu subfinanciamento e pela questão dos recursos humanos do sistema.
“O eixo da questão não é a polêmica sobre o exame Revalida para os médicos, mas sim a construção de políticas públicas e de recursos humanos em que tenhamos, por exemplo, a construção de uma carreira de estado do SUS”, defendeu João Marques de Farias.
O presidente do Sindicato dos Odontólogos, Cláudio Ferreira do Nascimento, pontuou que está na essência do problema do Programa Mais Médicos a questão do financiamento do SUS, não tendo como separar uma coisa da outra.
“Não adianta contratar mais médicos sem que o Governo garanta condições de trabalho para esses trabalhadores. Sem que garanta uma equipe multiprofissional que ajude a cuidar da população, ou seja, sem que haja investimento na realidade. Não se muda a estrutura de atendimento do serviço de saúde sem investimento. Por isso a importância de se aumentar os recursos destinados ao SUS”, ressaltou Cláudio Ferreira do Nascimento.
O coordenador do Mais Médicos em Fortaleza, José Carlos de Sousa Filho, mencionou os pontos que considera fundamentais para o bom trabalho dos participantes do programa. “Desde reformas das unidades médicas, passando pela presença de medicamentos nas farmácias, até os insumos para que possam trabalhar com tranquilidade. Tudo isso está sendo tratado com o máximo cuidado possível, pois queremos um atendimento humano por parte desses profissionais da mais alta qualidade”, reforçou.
Também estiveram presentes a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Ceará, Marta Brandão da Silva; a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Canindé, Dalva Maria Araújo Uchoa; dentre outras autoridades.
RG/LF