Paulo Moura
Foto: Divulgação
O programa Brasilidade, da rádio FM Assembleia (96,7 MHz) deste domingo (06/10) rende homenagens ao saxofonista e clarinetista Paulo Moura. Compositor e arranjador de choro, samba e jazz, o musicista é um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, tendo tocado com Ary Barroso, Dalva de Oliveira, Elis Regina, Milton Nascimento, Fagner e Sérgio Mendes.
Paulo Moura nasceu no dia 17 de fevereiro de 1933, em São José do Rio Preto (SP), numa família de músicos. Aos 17 anos, mudou-se para o Rio, radicando-se na Tijuca, onde ingressou na Escola Nacional de Música. Durante os estudos, começou a atuar em bailes e gafieiras. Com amigos da Tijuca como João Donato, Bebeto Castilho, Pedro Paulo e Everardo Magalhães Castro formou um grupo de jazz influenciado pelo som da West Coast dos Estados Unidos. O artista tocou tanto em orquestras sinfônicas quanto de gafieira ou grupos de regional, rodando o Brasil e o mundo com sua arte.
O músico também atuou no cinema, como diretor musical do filme ‘O Bom Burguês’, de Oswaldo Caldeira, e como compositor de trilhas sonoras para vários filmes, entre os quais ‘A Lira do Delírio’, de Walter Lima Junior, e ‘Parahyba Mulher Macho’, de Tizuka Yamazaki.
Paulo Moura fez uma participação especial no filme ‘Navalha na Carne’, de Neville de Almeida, interpretando um músico de rua do bairro de Santa Teresa.
Em 2000, fez o papel de Zé Espinguela, músico popular que influenciou Villa-Lobos no aprendizado do choro, para o filme ‘Villa-Lobos – Uma Vida de Paixão’, do cineasta cearense Zelito Viana. Em 2005, participou do documentário ‘Brasileirinho’, dirigido por Mika Kaurismaki e produzido por Marco Forster, com enorme repercussão no Festival de Filmes de Berlim e em Marseille, na França.
Com amigos em Fortaleza, dentre os quais o cantor e compositor Calé Alencar, Paulo Moura esteve várias vezes na capital cearense. No segundo disco de Cale, ‘Estação do Trem Imaginário’, produzido por ele e Aurora Miranda, Paulo Moura gravou a faixa ‘Cidade Nua’, música de Calé e Celso Araújo.
Fez os arranjos para o segundo disco de Fagner, ‘Ave Noturna’, lançado em julho de 1975, com produção de Carlos Alberto Sion. Também participou do segundo disco de Amelinha, ‘Frevo Mulher’, gravado em 1978, trabalho que recebeu o disco de ouro.
O programa é produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e narrado por Narcélio Limaverde. Vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23 horas.
Da Redação