Você está aqui: Início Últimas Notícias Comunidade do Serviluz reivindica moradia digna em audiência na AL
De acordo com Eliane, o encontro teve o objetivo de mostrar à sociedade quais os problemas enfrentados pela comunidade, o que levou a desapropriação e quais as soluções que podem ser apresentadas pelas autoridades para minimizar os problemas enfrentados pelas famílias da Nova Estiva. “A comunidade precisa ser ouvida, assistida e compreendida. Por isso estamos realizando essa audiência. Precisamos compreender o que está acontecendo, para apontar uma solução”, frisou a deputada.
Segundo o coordenador da Associação de Luta Popular da Comunidade, Michel Platiny, o terreno onde as casas foram construídas estava abandonado há 40 anos e, em agosto de 2012, o local foi ocupado pelos moradores. Ele informou que, meses após a ocupação, o suposto dono do terreno apareceu e pediu a desocupação. “Na época, o Escritório Frei Tito de Alencar conseguiu uma liminar para manter as famílias no local. No entanto, as casas foram derrubadas após uma decisão judicial”, acrescentou.
Ainda segundo Michel, no dia 18 de dezembro de 2012, a comunidade foi acordada com tratores e policiais do Batalhão de Choque para cumprir a liminar de desocupação. Desde então, cerca de 84 famílias que formavam a comunidade Nova Estiva voltaram a morar de aluguel ou em casas de familiares. “O mais revoltante dessa história é que o terreno foi desapropriado com a desculpa de que seria alugado para uma empresa. Porém, desde dezembro ele está sendo usado como depósito de lixo. Nós não viemos aqui para pedir. Viemos exigir nosso direito de moradia digna e que aquele terreno seja usado para construir algum equipamento público para o uso dos moradores” esclareceu.
Para a assessora jurídica da Secretaria Executiva Regional (SER) II, Giordana Braga, a audiência pública foi de suma importância para que os órgãos competentes pudessem compreender melhor a real situação da comunidade e, assim, chegar às soluções plausíveis. “A Prefeitura busca solucionar os problemas da forma mais amigável possível. Vamos analisar o caso e buscar, por exemplo, aluguéis sociais, até que o problema seja resolvido por definitivo”, afirmou.
Também participaram da audiência o defensor público, Sérgio Luís da Silveira Marques; a advogada do escritório Frei Tito de Alencar, Patrícia Oliveira; a presidente da Associação de Luta Popular da Comunidade, Ana Keila, e o estudante voluntário de Geografia, Jorge Luiz da Silva.
MA/RT