Você está aqui: Início Últimas Notícias Carlomano Marques defende lançamento de candidaturas próprias
O parlamentar frisou que não pretende “diminuir” as outras siglas partidárias, mas entende que é necessário oferecer opções. “Na democracia, é preciso dar à população o direito de escolher”, acentuou.
Carlomano disse ainda não aceitar que o PMDB seja escravizado e marginalizado no Congresso. “O movimento que está borbulhando no partido tem um motivo. É a gula, a audácia e o incontido apetite do PT, que resolveu se imiscuir em candidaturas legítimas do PMDB”, disse.
Como exemplo, citou o caso de São Paulo, onde lideranças nacionais do Partido dos Trabalhadores estariam se articulando para inibir candidaturas adversárias, como a do deputado Gabriel Chalita, do PMDB, e a de Celso Russomano, do PRB. O projeto do PT é buscar a hegemonia do poder”, avaliou Carlomano.
Para o parlamentar, o PT fez uma indelicadeza com o vice-presidente Michel Temer, ao substituir o ministro da Pesca, sem uma comunicação prévia. Ele teria sido informado na alteração por meio dos jornais. Carlomano afirmou que o objetivo do seu pronunciamento não seria provocar um rompimento do PMDB com o PT em nível nacional, porém, se for preciso este fato para assegurar a independência do partido, isso irá acontecer. “O PMDB não está atrás de quinquilharias, mas exige respeito”, observou. O parlamentar disse que manteve contato com o presidente regional da sigla, senador Eunício de Oliveira, comunicando o teor do seu pronunciamento, tendo sido autorizado por ele para se manifestar.
Carlomano também elogiou a posição do Tribunal de Contas do Município, que suspendeu a licitação para a iluminação pública de Fortaleza. Segundo o deputado, o certame estaria viciado para assegurar a vitória da empresa Citeluz, que é a atual detentora da concessão do serviço. O deputado frisou que a concorrência é fraudulenta, tendo as outras cinco empresas concorrentes entrado com mandados contra o modelo de licitação apresentado pela Prefeitura de Fortaleza.
“Estou falando para além dos partidos e o faço com lealdade. Tive e tenho o dever de revelar isso. É simplesmente escandalosa. É de uma desfaçatez que atinge a inteligência de qualquer cidadão medianamente informado”, acentuou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que, se a licitação prosperar, a população de Fortaleza será roubada pela terceira vez. “Serão quase R$ 500 milhões, com os aditivos que serão subtraídos dos cofres públicos. Até a prefeita, quando vereadora, se posicionou contra esse contrato”, disse.
JS/AT