Audiência pública debate a acessibilidade nas instituições de ensino superior no Brasil
Foto: Marcos Moura
A acessibilidade nas instituições de ensino superior no Brasil foi debatida em audiência pública na tarde desta segunda-feira (06/05), no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa. Propositora do debate, a deputada Rachel Marques (PT) destacou a intenção motivadora da audiência.
“Vemos hoje a expansão da educação superior, a ampliação de vagas nas universidades públicas, o crescimento e a inclusão proporcionadas pelo Governo Federal e compreendemos que as universidades, faculdades e centros universitários têm que estar preparadas para receber e acolher em pé de igualdade os estudantes com deficiência”, salientou a parlamentar.
Ainda segundo a petista, essa igualdade de condições só será estabelecida quando questões fundamentais como eliminação das barreiras arquitetônicas, adoção de intérprete de libras para pessoas com surdez, instalação de impressoras em braile, entre outros aspectos, forem totalmente incorporados à realidade das instituições de ensino.
O presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Cedef), Daniel Melo de Cordeiro, pontuou que precisa ser buscada uma acessibilidade plena, que atenda e combata as barreiras físicas, comunicacionais, metodológicas, de atitudes, e principalmente a pedagógica. “Cada ser humano tem suas necessidades específicas, e as pessoas com deficiência necessitam de uma acessibilidade pedagógica diferenciada”, ressaltou.
A representante do Centro de Apoio às Mães de Portadores de Deficiência (Camp), Keila Chaves, lamentou que os deficientes ainda tenham que lutar para usufruírem do acesso à educação da forma como eles necessitam. “Esta questão de acessibilidade nem deveria ser uma luta, se reconhecêssemos a educação como um direito para todos e não um privilégio para alguns”, criticou Keila Chaves.
Também estiveram presentes à audiência, o coordenador de Educação Superior da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará, Cândido Neto; a representante do Centro Universitário Estácio FIC, Joana Soares Meire Nobre; a secretária de acessibilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), Vanda Magalhães Leitão; dentre outras autoridades.
RG/LF