Você está aqui: Início Últimas Notícias Maioria dos internautas permanece no Ceará nas férias de janeiro
Para o deputado Dedé Teixeira (PT), o Governo do Estado tem realizado importantes ações de infraestrutura que facilitaram as viagens dentro do Ceará. Somado a isso, o setor gastronômico tem crescido nos últimos anos, na avaliação do parlamentar. Porém, segundo o petista, é preciso fazer mais, investindo, por exemplo, na capacitação dos serviços de recepção.
“O Ceará é belíssimo, tem quilômetros de praias, além das serras. Mas é preciso promover mais o turismo interno, que não está restrito só à alta estação e pode trazer mais ganhos para o Estado. É um erro do Governo investir muito dinheiro em marketing e em grandes obras para trazer o turista de fora do Ceará, quando é muito mais barato facilitar as viagens do próprio cearense pelo Estado”, critica Dedé Teixeira.
Na avaliação do deputado Roberto Mesquita (PV), houve, nos últimos anos, bastante investimento na melhoria do acesso a destinos cearenses antes pouco visitados, o que pode ter estimulado as viagens dentro do próprio Estado. “A maioria dos cearenses não conhece seu próprio Estado. Temos espaço para incentivar esse turismo interno porque o cearense tem forte identificação com o turismo religioso e com as suas raízes interioranas”, avalia.
Uma das prioridades, segundo Mesquita, deve ser melhorar a qualidade de vida das populações locais, de modo a promover seu bem-estar e, consequentemente, o do turista. “O visitante quer ficar em harmonia com a comunidade que visita e, para promover isso, o Governo do Estado precisa dotar as cidades de boas condições de assistência à saúde, saneamento básico e educação, preocupações que vão além da infraestrutura de estradas. O maior indicador para incentivar as visitas àquela comunidade é a felicidade das pessoas que vivem naquele destino”, disse.
Para a turismóloga e professora da Universidade de Fortaleza Samira Lodi, uma série de fatores pode justificar a escolha dos internautas pelo turismo no próprio Estado neste mês de janeiro. Um deles é o fato de que ultimamente as pessoas não gozam de uma só vez os 30 dias de férias, preferindo distribuir o benefício ao longo do ano, o que dificulta a realização de viagens mais longas.
Outros fatores são o maior número de opções de entretenimento em casa e as facilidades de alimentação fora do lar, possibilitando novas formas de divertimento para as famílias. Samira Lodi também destaca a questão financeira, uma vez que o orçamento doméstico tem bancado cada vez mais diferentes demandas de consumo. “Nos últimos anos, as pessoas têm comprado mais equipamentos eletrônicos, por exemplo, e isso mexe com o planejamento do lazer”, comenta a especialista.
MM/AT