Segundo o parlamentar, Hélio Parente teve a chance de tratar do assunto na sabatina realizada pela Assembleia Legislativa semana passada. No entanto, não tocou no tema. “Era pra ser um golpe de mestre (a indicação do nome do advogado para o posto). Acabou como um risco n'água, porque fomos intempestivos quando da aprovação do nome. Ele omitiu que havia um problema. Não quero dimensionar nem macular a história, mas a pressa levou à imperfeição”, pontuou.

Na opinião de Roberto Mesquita, o declínio à posse daria oportunidade ao advogado de prestar esclarecimentos formais e públicos à sociedade cearense, até para não expor o futuro trabalho no TCM a situações constrangedoras. O deputado sugeriu ainda que Hélio abra mão dos contratos de prestações de serviços firmados entre seu escritório de advocacia e prefeituras, com vistas às eleições de outubro próximo.

Desta forma, a atuação no Tribunal ganharia em isenção. “Temos um patrão, que é o povo. Ainda paira sobre nós uma nuvem em relação a este episódio. Votamos de afogadilho”, acrescentou.

Em aparte, o deputado Perboyre Diógenes (PMDB) lembrou dos nomes dos deputados Welington Landim (PSB) e Heitor Férrer (PDT), citados no processo de escolha para o cargo. Ambos preferiram permanecer no mandato. Ele partiu em defesa de Hélio Parente. “É um advogado brilhante. Com certeza, vai fazer uma grande gestão no Tribunal. Hélio é um dos melhores advogados do Estado”, argumentou.
BC/LF