O deputado Walter Cavalcante (PV), ouvidor parlamentar da Alece, abriu a programação ressaltando a importância das ouvidorias nas empresas, órgãos e instituições.

“É o setor que ouve o público, que estabelece o contato e que acolhe suas demandas. Então, seja qual for a instituição, é imprescindível a existência de uma ouvidoria, visto que é a partir dessa escuta que as empresas e órgãos não só informam a população sobre dúvidas e questionamentos, mas também abrem a possibilidade de um diálogo de forma a adaptar o serviço oferecido à demanda acolhida, conforme o caso”, observou.

A conferência é promovida pela Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman (ABO) e acontece anualmente em diversos estados, reunindo profissionais de todo o País para o compartilhamento de atualizações e discussões sobre o tema, assim como para encontros e trocas profissionais.

Durante os dois dias, serão objetos de debate, entre palestras e mesas-redondas, os temas: “Os marcos regulatórios: contribuições para a ampliação e a consolidação das atividades da Ouvidoria”, “A Ouvidoria e os cidadãos: compromisso com a Dignidade Humana”, “A Ouvidoria na atualidade: a visão dos gestores e os desafios para a atuação estratégica”, “Construindo a Experiência do Cliente: o Ouvidor e o Futuro”.

Também consta na programação a realização das oficinas temáticas “Diálogo sobre Diversidade e Inclusão – conceitos, reflexões e atualidades”, “Qualificação e aperfeiçoamento em Ouvidoria Pública e Privada: nas trilhas da ciência e da academia”, “A Ouvidoria: construção de um ambiente de confiança mútua e o desenvolvimento da comunicação assertiva”, “O envolvimento da Ouvidoria com os princípios do ESG” e “A Ouvidoria em busca da desjudicialização: indicadores e resultados”.

Para a presidente da ABO, Adriana Alvim, as discussões apresentadas nesta edição "abrangem todas as áreas do conhecimento”. Segundo ela, a ideia é que, ao fim do congresso, seja feito um levantamento da experiência dos ouvidores participantes com o fim de pensar projetos que possam aprofundar o escopo das ouvidorias, principalmente no que diz respeito à temática da diversidade.

“Precisamos estar sempre nos atualizando, e apoiar projetos oriundos das experiências colhidas nesse encontro é dar continuidade ao nosso trabalho vanguardista de fortalecer as ouvidorias brasileiras”, disse.

A conferência magna, que abriu o programa de discussões, foi ministrada pela professora da Universidade Federal do Ceará Maria Aparecida de Paiva Montenegro, graduada em Psicologia, pós-doutora em Filosofia Antiga na University of Notre Dame e na Università degli Studi di Milano.

A conferencista trouxe o tema “Para bom Ouvidor, só a Justiça basta”, em que relacionou o trabalho do ouvidor com as definições de Justiça em filosofia antiga, a partir da atuação do profissional ouvidor como mediador de relações, e da importância de uma atuação humanista durante essa mediação.

O evento também rendeu homenagens à jornalista, escritora e professora Adísia Sá e à advogada e conselheira da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), Socorro França. Entre os participantes estavam o secretário da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado, Aluísio Carvalho; o presidente da Associação Brasileira de Ouvidores - Ceará (AOB-CE), Paulo Henrique Araújo, e o presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Ouvidores/Ombudsman (ABO), Edson Luiz Vismona.

PE/AT