O programa apresenta os sucessos "Alvorada Voraz", "Louras Geladas", "Revoluções por Minuto", "A Cruz e a Espada", "Onde Está o Amor", "Fatal", "Rádio Pirata", "Carbono 14", "Quatro Coiotes", "Naja", "Sob a Luz do Sol", "London, London" e "OIlhar 43".
Com quase quarenta anos de estrada, o RPM ficou marcado pelas repetidas idas e vindas do grupo. Tudo começou em 1976, em São Paulo, quando Paulo Ricardo de Oliveira Nery conheceu Luiz Schiavon na casa de um amigo em comum. Paulo estava começando sua carreira como crítico musical, e Schiavon era um pianista clássico. Os dois planejavam criar sua própria banda de rock.
Depois de três anos de ensaios e nenhum show, Luiz encantou-se pela música eletrônica e pela tecnologia de novos sintetizadores, enquanto Paulo decidiu morar na Europa. O trabalho da dupla foi retomado em fins de 1983, já em São Paulo, impulsionando a criação do RPM.
Juntos, criaram as primeiras canções "Olhar 43", "A Cruz e A Espada" e a música que batizaria a banda que ali nascia: "Revoluções por Minuto". Gravaram uma fita demo dessas canções com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS, que as considerou ambíguas e difíceis de tocar nas rádios.
Convidaram o guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Júnior Moreno, na época com apenas 15 anos. Logo a banda começou a se apresentar em casas noturnas, e então Júnior teve de sair, por ainda ser menor de idade.
Charles Gavin (ex-Ira! e futuro baterista dos Titãs) se juntou ao grupo como novo baterista. Já batizados de RPM, conseguiram um contrato com a gravadora Sony Music, com o compacto de 1984, que viria com as faixas "Louras Geladas" e "Revoluções por Minuto" (censurada na época). "Louras Geladas" caiu no gosto do público de todo o País e levou a banda a gravar o seu primeiro álbum, já com o baterista Paulo Pagni (ex-Patife Band), que entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do álbum, o que explica a sua ausência na capa do disco "Revoluções por Minuto". Charles Gavin havia saído do grupo, assim se juntando aos Titãs.
Em 1985, chegou às lojas "Revoluções por Minuto", e "Olhar 43" emplacou nas rádios. As faixas do disco tratam também de temas como política internacional e transformações socioeconômicas. O sucesso do álbum foi tanto que o RPM emplacou rapidamente uma sequência de hits no rádio e chegou à marca de 900 mil cópias vendidas em pouco mais de um ano.
Em julho de 1986, já com Paulo Ricardo na banda, lançaram um novo álbum, com parte do registro de dois shows da turnê histórica. O repertório de "Rádio Pirata ao Vivo" traz quatro gravações inéditas (sendo dois covers) e cinco faixas de "Revoluções por Minuto", que chegou a vender 3,7 milhões de discos. Na época, Paulo Ricardo passou a ser conhecido apenas como sex symbol e procurado e visto por jornalistas e fãs como se fosse modelo, e não músico.
Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em outros países, como França e Portugal, a banda passava por uma situação difícil. O fracasso do projeto "RPM Discos", selo próprio do grupo, acabou causando conflitos entre seus integrantes. Em 1987, foi anunciada a separação oficial do grupo.
O grupo retomou as atividades em 1988, com o álbum "Quatro Coiotes", que vendeu 250 mil cópias antecipadamente, indicando outro grande sucesso a exemplo do disco anterior, "Radio Pirata ao Vivo".
Atualmente a banda está com uma conjuntura diferente: dos quatro membros originais, um deles faleceu recentemente. O baterista P.A. faleceu em junho de 2019, aos 61 anos. Outros dois membros da banda (Luiz Schiavon e Fernando Deluqui) tocam o RPM com dois novos membros (Kiko Zara e Dioy Pallone). Enquanto isso, Paulo Ricardo está em carreira solo.
Produzido e apresentado por Sonja Andrade, Biografia vai ao ar todas as sextas-feiras, na rádio FM Assembleia, a partir das 20h.
Da Redação/com Assessoria