Após dez anos longe dos palcos, ele está voltando a se apresentar em roda de conversas que são geralmente intercaladas por músicas. Participou de um bate-papo com a cantora Mona Gadelha, no Porto Iracema das Artes e, recentemente, no lançamento de sua biografia, “Wilson Cirino entre velas e tubarões”, escrita por Solange Benevides, que aconteceu no Café Couture, na Praia de Iracema.   

Wilson Cirino aprendeu a tocar cavaquinho com seu pai, aos três anos de idade e, com 13, começou violão. Nessa idade, fez sua primeira composição clássica, intitulada "Noturno". Cursou Música e Teatro no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e faz parte da história da música cearense, sobretudo por ser contemporâneo e ter participado diretamente dos movimentos artísticos que inseriram o Estado no cenário nacional.

No final da década de 1960, participou do I Festival de Música Popular Aqui no Canto, uma realização da rádio Assunção Cearense, com a música “Rosa” - melodia, arranjo e letra de autoria dele. E do I Festival Nordestino da Música Popular promovido pelos Diários Associados, com a canção “Quarto de Pensão”, tendo como parceiro o músico e compositor baiano Piti, um dos precursores da Tropicália.

Em 1971, gravou seu primeiro compacto, em parceria com Fagner, pela RGE. Em seguida, veio o segundo compacto, pela continental e, na sequência, o LP Estrela Ferrada, pelo selo Epic da CBS, e também o disco "Moenda", pela RCA Victor. Sua música em parceria com Fred Teixeira, “Baião do Coração”, foi gravada pela cantora Simone no LP "Quatro Paredes", e a música de autoria dele e de Piti “Quarto de Pensão”, cantada por Elis Regina, no Teatro da Praia, no Rio de Janeiro. Como arranjador, trabalhou com Pepeu Gomes, e nos arranjos do disco "Cauim", de Ednardo.

Na sequência, fez os arranjos de seu disco "Estrela Ferrada", em parceria com o músico, violonista e arranjador Gilson Peranzzeta, assim como os arranjos de seu LP "Moenda". Wilson Cirino se apresentou ao lado do cantor e compositor Gilberto Gil e do músico percursionista Naná Vasconcelos no Teatro Opinião, no Rio de janeiro. O violonista acompanhou também Vinícius de Moraes quando esteve em Fortaleza, em 1975, a convite de Roberto Machado.

Qual é o Tom do Ceará vai ao ar aos sábados, a partir das 12h, com apresentação e produção da jornalista Ian Gomes.

LA/AT