Durante o encontro, a engenheira ambiental e articuladora do Comitê de Responsabilidade Social da Alece, Amanda Melo, informou que a implantação do selo Alece ESG na Gestão Pública é uma das metas definidas pela gestão do comitê para 2022. A outra é a criação do Portfólio de Responsabilidade Social, que deve, conforme Amanda Melo, gerar mais transparência sobre as iniciativas da Casa no âmbito da responsabilidade social.

A sigla ESG vem do inglês (Environmental, Social and Governance) e contempla a importância das ações nas áreas ambiental, social e de governança, como forma de minimizar os danos ambientais, gerar benefícios sociais e otimizar os processos administrativos. Conforme Amanda Melo, a agenda ESG é cada vez mais uma realidade e uma necessidade na gestão pública, reforçando a importância do debate e das ações no Parlamento cearense.

“Queremos não apenas alinhar as iniciativas das gestões públicas às pautas do desenvolvimento sustentável, mas também somar esforços com outros grupos e organizações que estão nesse caminho”, argumentou.

Entre os objetivos estabelecidos para o Selo Alence ESG na Gestão Pública, estão a difusão do conceito de ESG através das boas práticas ambientais, sociais e de governança no Estado do Ceará, particularmente na gestão pública; estimular o desenvolvimento de ações de responsabilidade socioambiental nos município cearenses; e promover a relação entre municípios cearenses e organizações nacionais e internacionais a fim de estimular o desenvolvimento sustentável.

ESG NAS ORGANIZAÇÕES

O secretário de Meio Ambiente do Estado do Ceará, Artur Bruno, participou do debate e ressaltou o lugar do Brasil nas discussões sobre sustentabilidade, não apenas por sediar grandes encontros internacionais, como a Conferência Eco-92, mas como um país de amplos recursos naturais e com potencial energético diferenciado. Em contrapartida, ele refletiu que o Brasil tem perdido seu protagonismo nas questões ambientais, ao passo que aprofunda as desigualdades sociais.

Para ele, a ideia de estabelecer uma articulação que alinhe o desenvolvimento social e a sustentabilidade à governança vai fortalecer a agenda ambiental e social da Casa. “As parcerias com setores público e privado serão fundamentais nesse momento, pois é o trabalho em rede que possibilita a materialização desses objetivos, que são locais, mas de grande alcance”, disse.

Para a coordenadora do Núcleo ESG do Sistema Fiec, Alcileia Sena de Farias, a implantação da sigla ESG tem um profundo impacto na aceitação das empresas e organizações pela sociedade e público consumidor. No âmbito da Fiec, segundo ela, o objetivo da implantação do selo foi disseminar a cultura da sustentabilidade no seio da indústria cearense, e alinhá-las aos propósitos atuais do mercado.

“A forma como as organizações têm considerado as questões sociais e ambientais têm determinado sua relevância, sendo, hoje em dia, os critérios de aprovação utilizados pela sociedade e público consumidor, então é muito importante caminharmos no sentido de enfrentar os desafios que sociedade e meio ambiente apontam, e integrá-los à lógica da governança”, avaliou.

Alcileia ressaltou, ainda, que a implantação das práticas ambientais e sociais à governança é uma oportunidade de alavancar a credibilidade das organizações e empresas, além de constituir um diferencial competitivo que agrega valor ao serviço e à imagem.

MÊS DO MEIO AMBIENTE

Com a temática “Uma só Terra – preservar para permanecer”, a Alece lançou o Mês do Meio Ambiente, iniciativa que promoverá, ao longo de junho, atividades variadas com foco na sensibilização e mobilização sobre a sustentabilidade. A programação faz alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, data celebrada no dia 5 de junho e criada pelas Nações Unidas.

Já foram realizadas as palestra  “Consumo consciente e economia circular”, "Feira sustentável"e "Atividades com a Rede dos Catadores e Catadoras de Resíduos Sólidos Recicláveis do Estado do Ceará".

PE/CG