Você está aqui: Início Últimas Notícias Feira Sustentável da Alece oferece visibilidade ao artesanato cearense
A atividade, que busca ainda valorizar o artesanato local, faz parte do Mês do Meio Ambiente da Alece, cujo tema é “Uma só Terra - preservar para permanecer”, e acontece no prédio sede da Casa, das 10h às 15h desta segunda-feira (06/06).
De acordo com a assessora técnica da CSGA Morgana Ferreira, a feira está diretamente ligada ao assunto do painel de abertura, que é “Consumo consciente e economia circular”, e tem o objetivo de proporcionar um espaço que agrega diferentes iniciativas em prol da sustentabilidade, com a participação de artesãos, artistas, produtos e negócios originalmente cearenses.
"Queremos valorizar e ressaltar a importância do consumo de produtos locais, pois ajuda a preservar a cultura e a identidade, além de valorizar o conhecimento ancestral que passa das gerações mais antigas para as atuais, desmistificando que um produto "handmade" (feito à mão) e sustentável é de baixa qualidade ", afirma.
Entre as iniciativas, a feira conta com a participação da Loja do Bem, que promove o artesanato cearense em suas variadas expressões, com produtos em couro, renda, crochê, etc.; Vida Br, marca de vestuário sustentável com efeito especial na luz solar, feita com tecido PET e algodão orgânico; GIA - Grupo de Interesse Ambiental -, com produtos feitos a partir da reutilização de resíduos sólidos; exposição do Projeto de Resíduo Tecnológico Sustentável; Sesc, com a exposição de sementes nativas, projeto Arte em Cadeia, do Governo do Estado, entre outras.
Para Márcia Pinho e Rita de Souza, ambas do Projeto Resíduo Tecnológico, em que se reutilizam resíduos eletrônicos, transformando-os em arte e outros materiais, a iniciativa da Alece é importante para a divulgação da ONG e para a parceria com outros projetos. "Nós precisamos de mais vitrines para que as pessoas conheçam mais sobre o assunto; a Assembleia está como uma vitrine para a gente", disse Márcia.
A coordenadora de divulgação do projeto Arte em Cadeia, Pricila Feitosa, explica que, além do objetivo sustentável de reciclar e reutilizar materiais, essa iniciativa busca a ressocialização e a profissionalização de detentos.
"A gente tem esse trabalho de mostrar para eles que, quando saírem, podem ser empreendedores donos do seu próprio negócio. Além disso, eles têm a remissão: a cada três dias trabalhados, eles diminuem um dia da pena."
Sobre a feira, Pricila pontua que "é incrível mostrar para a sociedade o que se pode fazer com tudo aquilo que ia para o lixo, transformar em arte".
Na feira também está Francisco Moreira, agrônomo e educador ambiental do Sesc e filho de agricultores familiares. Ele apresenta o projeto de educação ambiental do Sesc Iparana, que expõe sementes nativas, assim como produz mudas para o reflorestamento e preservação de biomas brasileiros, sobretudo a caatinga. Para o educador ambiental, o evento na Alece promove um fortalecimento da causa e permite a construção de mais parcerias.
"Trazer esse diálogo, trazer essa discussão da sustentabilidade e preservação ambiental e aproximar com a didática da semente abre portas", afirmou.
VM/AT